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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Docapesca Sines: “Já apanhei sustos, mas tenho fé! Todos os dias olho para o céu, peço e agradeço” diz Emanuel Encarnação, mestre de embarcação(c/dom e fotos)

Tal como a Rádio Campanário noticiou visitámos a Docapesca de Sines e fomos conhecer quem nela passa os seus dias. Emanuel Encarnação, é natural de Sines e é mestre de uma embarcação de pesca que opera na Docapesca de Sines.

O mestre é a autoridade a bordo mais alta, e, por isso, todos os outros trabalhadores seguem as suas ordens. A sua palavra é a que mais vale dentro das embarcações de pesca.

Conta-nos que “a pesca da sardinha este ano não está a correr dentro do previsto porque anda muito difícil de apanhar” ainda assim diz que “se encontra muito peixe, peixe que já está gordo, que já tem muita força e que por isso consegue escapar.”

O preço do que ele e a sua equipa pescam varia. Mesmo em termos de quantidades pescadas, “há dias bons e outros menos bons.”

Em declarações à RC, Emanuel Encarnação conta que num dia bom, como aquele em que falou connosco, pescam-se cerca de 120 caixas de sardinhas, tal como aconteceu na sua embarcação.

Relativamente ao Mar de Sines, o mestre diz-nos “ser calmo quase todo o ano.”

Ainda assim, pescador desde que se conhece, mais concretamente desde os 10 anos, altura em que ia para o mar com o pai, tem já gravados na sua memória, alguns sustos que apanhou.

Apesar de tudo justifica “quem anda nesta vida apanha sustos” e conta-nos que o maior que vivenciou foi “ver um colega perder dois dedos a bordo do barco.” Apesar do susto, esta história acabou por ter um final feliz porque o importante “é fazer o melhor possível para que o acidentado seja assistido,” contando que, neste caso concreto, o colega de embarcação foi assistido e no hospital acabou por ser possível fazer a recuperação dos dedos.

Perguntámos a Emanuel Encarnação se era um homem de fé. Não hesitou e de forma convicta disse “claro que sim, quem anda nesta vida tem que ter fé senão a tiver muito dificilmente cá anda.”

Grato por tanto que o mar lhe dá diz que “todos os dias olho para o céu, para pedir e agradecer.”

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