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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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“É a pior colheita de cereais dos últimos 100 anos e isso é angustiante! Os apoios deviam ter vindo ontem” diz Francisco Palma, Pres. Da Assoc. De Agricultores do Baixo Alentejo(c/som)

Tal como a Rádio Campanário noticiou, as previsões agrícolas, em 31 de julho, apontam para uma campanha cerealífera fortemente marcada pela seca severa a extrema que acompanhou grande parte do ciclo vegetativo dos cereais de inverno.

Os dados são avançados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística que dá ainda conta que a atual campanha deverá ser a segunda pior desde que existem registos sistemáticos, apenas superior à produção de 2012 e próxima da de 2005 (igualmente anos de secas extremas).

A Rádio Campanário falou com Francisco Palma, Presidente da Associação de Agricultores do Baixo Alentejo sobre as perspetivas e preocupações para os produtores de cereais desta região.

Francisco Palma começou por referir “olhamos para estas previsões com angústia porque de facto temos o pior registo de colheita de cereais dos últimos 100 anos “ acrescentando que isso se deve a vários factores nomeadamente “uma desvalorização muito grande que os cereais têm tido ao longo do tempo, falta de apoio e de uma estratégia nacional para a produção de cereais.”

Sublinha igualmente que hoje em dia

“somos muito dependentes de outros países para podermos responder às nossas necessidades alimentares.”

O Presidente da Associação lamenta que “a estratégia para a produção nacional de cereais elaborada em 2018 pelo Governo tenha ficado na gaveta e que nada se tenha feito. Temos assistido a uma proliferação de culturas que são mais rentáveis ao agricultor e o setor dos cereais tem sido desprezado e pouco valorizado”

Este é um cenário preocupante para os agricultores e para os dirigentes agrícolas mas pelos vistos os nossos responsáveis políticos não estão.”

Questionado sobre os apoios necessários para estes agricultores, Francisco Palma refere que

já deviam ter vindo ontem mas continua a faltar uma estratégia concertada no nosso país.”

 

 

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