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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Encerramento de balcões da CGD em territórios do interior “não tem qualquer consequência no apoio às empresas”, diz o conceituado economista José Félix Ribeiro à RC (c/som e fotos)

O Futuro do Interior e as oportunidades para o seu desenvolvimento, estiveram em discussão no XXV Encontro Fora da Caixa, promovido pela Caixa Geral de Depósitos, que decorreu esta segunda-feira (11 de fevereiro), em Portalegre.

A Rádio Campanário esteve presente na sessão, onde falou com o economista José Félix Ribeiro, interveniente num dos painéis.

Em declarações a esta estação emissora, o economista defendeu a importância de uma coordenação de trabalho entre as pessoas da região, e que estas “tenham a preocupação de chamar pessoas de outras regiões ou do estrangeiro para trabalharem nas suas regiões”.

“Só com as pessoas que nasceram aqui em Portugal temos alguma dificuldade (em desenvolver) e, portanto, temos que ir buscar gente”
José Félix Ribeiro

José Félix Ribeiro aponta que o sistema financeiro “influi decisivamente nas decisões de investimento”, contudo, este apresenta dois problemas: o facto de ser “crescentemente controlado por entidades que não são portuguesas” e que “não têm sensibilidade” por questões do interior; assim como a “enorme responsabilidade” das entidades portuguesas “não no sentido de fazerem a vontade a todos os investidores potenciais, mas escolherem bons projetos”.

Questionado sobre o impacto positivo na gestão da Caixa Geral de Depósitos do encerramento de balcões, em detrimento das populações desses territórios, o economista afirma que “no ponto de vista de apoio às empresas, eu penso que a redução de balcões não tem qualquer consequência”, uma vez que nestes predominava “o apoio às pessoas e às famílias”.

Sobre as diferenças de escala de economia entre Portugal e Espanha, defende que “precisamos trabalhar mais entre nós para podermos ter uma posição mais forte na Península Ibérica” e “com resultados evidentes de que somos uma economia moderna”. Para tal, é crucial que “organizarmo-nos para oferecer uma imagem do país que mostre que Portugal é uma economia mais moderna em muitos aspetos que a economia espanhola”, assim como aportarmos em parcerias com outros países.

A nível regional considera que deve ser reforçada a colaboração entre cidades, empresas e estabelecimentos de ensino.

Apontando uma indubitável esperança no país, defende que os caminhos “que fomos percorrendo já mostraram que somos capazes de resolver muitos problemas”.

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