A Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG) e a Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) vão unir-se para processar o Estado Português. Em causa está a concessão dos blocos de rega de Alqueva à Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA).
Em comunicado de imprensa enviado às redações pela Associação de Agricultores do Sul (ACOS) pode ler-se que o Ministério da Agricultura quer “rasgar” o modelo de gestão da água pelos agricultores, um modelo que está consagrado na lei e acontece com sucesso há décadas.
À Rádio Campanário, o presidente da FENAREG, José Núncio, defende que as obras, uma vez construídas pela EDIA, devem ser entregues às associações de regantes, que são os representantes dos agricultores. Na opinião do presidente, esta tomada de posição por parte do Ministério da Agricultura tem por objetivo a viabilidade e crescimento da EDIA. O representante referenciou ainda que as federações estão a fazer os possíveis para fazer face à situação, mas é também necessário que os agricultores se manifestem e finaliza dizendo que, enquanto agricultor, sente-se discriminado e denuncia a falta de confiança do Estado para com os agricultores e organizações representativas.
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No comunicado enviado às redações pode ainda ler-se que a EDIA, “uma empresa do Estado, nunca geriu obras de rega e não tem competência nesta área. A ACOS escreve ainda que “o modelo que existe de gestão pelos agricultores é auto sustentável, suportado financeiramente pelos próprios agricultores e não depende do orçamento do Estado, contrariamente à EDIA”.
