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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Entidades alentejanas com projeto para dar novos usos ao plástico (c/vídeo)

“Apenas 9% do plástico utilizado é reciclado. Ainda que a maioria dos plásticos sejam produzidos em centros urbanos, tem-se verificado um aumento do uso de plásticos na agricultura. Se não foram tratados ou reciclados, estes podem ficar nos solos, e entrar nos alimentos sobre a forma de micropartículas prejudiciais à nossa saúde.” Para impulsionar um comportamento alinhado com os princípios da economia circular, encorajando as boas práticas, e ao mesmo tempo desenvolver uma possível solução para o problema dos plásticos na agricultura, pela produção de carvão activado, a Universidade de Évora é uma das entidades parceiras do projeto PlaCarvões.

Segundo os investigadores da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, João Nabais, Paulo Mourão e Isabel Cansado, “o carvão ativado é um material com uma capacidade extraordinária, neste caso em particular, para captar seletivamente líquidos ou impurezas no seu interior, tendo um elevado poder de clarificação e purificação de líquidos”. 

“A produção destes materiais adsorventes vai ser efetuada, a diferentes temperaturas e com recurso a diferentes agentes de ativação, como o vapor de água, dióxido de carbono, ar, entre outros. Os materiais obtidos serão caracterizados por diversas técnicas para obter a sua caraterização textural; nomeadamente a sua estrutura porosa; e caracterização química, em particular os grupos funcionais presentes na superfície. Após a caracterização, amostras selecionadas serão testadas na remoção de compostos característicos ou similares dos que normalmente surgem nos efluentes líquidos industriais, em particular no domínio agrícola”.

Sabe-se que, “atualmente 50% dos resíduos urbanos são refugo e rejeitados, na sua maioria plásticos não recicláveis, cujo destino final é o aterro ou a incineração”. O carvão ativado tem diversas aplicações nomeadamente “a filtragem e captação de poluentes de meios líquidos e gasosos, podendo ser utilizados em efluentes agroindustriais e urbanos em unidades de pequena a média dimensão, de base local e regional, tornando um resíduo num produto de elevado interesse económico e ambiental.”

Liderado pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), são entidades parceiras a Universidade de Évora, a Gesamb – Gestão Ambiental de Resíduos, e a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central e a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Central (CIMAC).

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