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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Estado injetou este ano na EDIA, mais de 46 milhões de euros para pagar dívida, uma situação “normal e recorrente”, segundo Pedro Salema

A EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva SA, acaba de ver reforçado o seu capital, com 5,29 milhões de euros, pela quinta vez este ano, somando 46,26 milhões de euros nas cinco operações. Uma situação “normal e recorrente”, nas palavras de Pedro Salema, presidente da EDIA, explicada pela necessidade de a empresa assumir,” determinados investimentos com empréstimos em nome e com garantia do Estado” e quando tem que fazer o pagamento da divida, ou seja “pagar as prestações, tem que recorrer ao Estado para as suportar e todos estes aumentos de capital que ocorreram neste ano, servem para pagar divida que foi contraída para concretizar o empreendimento Alqueva”. Sobre a EDIA continuar com capitais próprios negativos, em 449.902.641,56 euros, sendo de 461.154.849,21 euros, antes deste aumento de capital, Pedro Salema diz que “é típico de uma empresa que tem que construir infraestruturas que duram séculos e que não é suposto serem pagas pelos seus utilizadores no curto prazo e é normal que os resultados por via do investimento, sejam penalizados nas contas da empresa”. O presidente da EDIA sublinha que “a operação de tudo o que são os encargos normais regulares de pôr em funcionamento a máquina de Alqueva, é perfeitamente equilibrada e consegue suportar-se nas receitas que consegue conquistar, nos seus clientes por venda de água e produção de energia”. Pedro Salema considera que é uma situação normal porque todos os Estados fazem investimentos em infraestruturas que duram muito tempo e que são altamente subsidiadas pelo Estado e funcionam nesta lógica”. Questionado sobre a permanente preocupação dos agricultores relativamente ao preço a pagar pela água, afirma que os vetores principais para que os custos sejam reduzidos, passam por “aumentar a escala, vender mais metros cúbicos para diluir os custos fixos por um volume maior, reduzindo o preço de cada metro cubico”, mas também a questão energética que, como afirma, “Alqueva precisa de muita energia para bombar água para a distribuir por essa enorme superfície e a fatura energética é muito pesada e temos que reduzir também essa componente”. Se for conseguido, “estamos em condições de em 2017 baixar o preço” da água, tendo esperança que haja decisões também nessa frente, “suportadas em reduções de custos e não apenas em decisões politicas”.

Recorde-se que em 15 de janeiro a empresa comunicou uma injeção de 7,12 milhões de euros, a 18 de março mais 3,61 milhões de euros, a 23 de junho o serviço da dívida vencido foi convertido em 17,36 milhões de euros de novo capital e a 20 de julho ficou conhecida a quarta operação de aumento de capital, no valor de 12,87 milhões de euros. No ano passado, a empresa foi alvo de três operações semelhantes, ascendendo a um total de 13,5 milhões de euros.

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