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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Estamos a procurar “o equilíbrio entre a dignidade” da comunidade cigana “e o cumprimento dos direitos e deveres de todos”, diz autarca de Évora (c/som)

No início do ano, surgiram denúncias e relatos de insegurança alegadamente gerados pela existência de um acampamento de famílias de etnia cigana junto ao Jardim de Infância do Penedo de Ouro, em Évora.

A RC falou à altura com Carlos Pinto de Sá, Presidente da Câmara Municipal de Évora, que garantiu que as famílias tinham sido realojadas e que a autarquia, em conjunto com outras entidades, estava a “fazer um trabalho de fundo” para encontrar soluções para outras situações semelhantes.

Esta estação emissora voltou a falar com o autarca sobre a comunidade cigana no território, que afirmou que “é uma matéria muito complexa e difícil”.

Existe “um conjunto de comunidades diferenciadas”, explica, desde nómadas que passam pelo território, “a nómadas que residem habitualmente no território” e famílias de etnia cigana que residem em habitações.

“É uma temática que tem que juntar todos e procurar soluções que não são fáceis e que passam por todos”
Carlos Pinto de Sá

“Temos problemas diferenciados” avança, decorrentes dos valores destas comunidades “que por vezes chocam com os valores e com a forma de estar dos restantes habitantes”.

O município, garante, “procura a integração e inclusão dessas comunidades de forma a que os direitos e deveres sejam iguais para todos”.

Neste sentido, e porque acredita que “é uma temática que tem que juntar todos e procurar soluções que não são fáceis”, foi criada uma rede social “que engloba várias instituições” nomeadamente a Câmara Municipal, a Segurança Social, as forças de segurança, a Direção Regional de Educação e as juntas de freguesia”.

O autarca defende que “é algo que tem que ser visto também do ponto de vista nacional”, e um problema que “tem que ter políticas nacionais que infelizmente não tem”, sendo a resolução das questões da inclusão “atiradas um pouco para cada localidade”.

O autarca conclui afirmando que “o caminho que estamos a fazer é difícil, às vezes incompreendido, mas que tenta este equilíbrio entre a dignidade das pessoas e o cumprimento dos direitos e deveres que todos temos”.

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