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Estivadores convocam grave de seis meses que afeta portos de Sines e Setúbal

Carlos Santos/Global Imagens

O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) declarou greve à prestação de trabalho “a partir das 08 horas do dia 16 de janeiro de 2019 até às 08 horas do dia 01 de julho de 2019”, lê-se no pré-aviso. Uma paralisação que vai afetar os portos de Setúbal e Sines.

A nível nacional, a greve vai realizar-se nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines, Figueira da Foz, Leixões, Caniçal (Madeira), Ponta Delgada e Praia da Vitória (Açores), abrangendo todos os trabalhadores efetivos ou com vínculo contratual de duração limitada.

O SEAL justifica esta paralisação com o facto de que “até ao momento, após a assinatura do acordo relativo ao Porto de Setúbal, não se encontram minimamente satisfeitas as garantias de resolução expedita dos problemas assinalados nos restantes portos nacionais, especialmente no Porto do Caniçal, garantias essas que faziam parte integrante desse acordo, o que nos obriga à declaração deste novo pré-aviso de greve”.

O sindicato liderado por António Mariano diz ainda que as empresas portuárias, “em inúmeros casos coniventes com os sindicatos locais, protagonizam e introduzem uma série de comportamentos que configuram diferentes tipos de assédio moral”, como perseguição, coação, suborno e ameaças de despedimento. Por isso, aponta, a liberdade de filiação sindical tem constituído um dos principais motivos de reivindicação dos estivadores do SEAL, que estão em greve ao trabalho suplementar desde agosto de 2018.

De salientar que durante as greves em Setúbal, o Porto de Setúbal acabou de perder 3 armadores e, com eles, 70% da carga. O MacAndrews, Arkas e Tarros, armadores que abandonaram operações no Porto de Setúbal, fizeram a Sadoport perca 70% da carga contentorizada, não se prevendo que venham a ser recuperados, até porque, segundo Diogo Marecos, presidente da Operestiva, de Setúbal, os armadores queixavam-se desde agosto da instabilidade laboral no porto e das greves ao trabalho suplementar “tendo aguardado algum tempo, apesar das perdas acumuladas por não conseguirem assegurar que os seus navios eram trabalhados imediatamente assim que chegavam a Setúbal”.

Esta paralisação foi interrompida apenas em Setúbal, durante dezembro, após o acordo alcançado em conjunto com as empresas portuárias, após mais de um mês de protesto.

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