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Estudo aponta variante Gama como mais mortífera e transmissível

Foi em dezembro de 2020 que se identificou uma mutação do vírus Sars-Cov-2 com a capacidade de alterar a proteína spike, que é utilizada pelo coronavírus para entrar e fixar-se nas células humanas, tornando o vírus ainda mais fatal, conforme estudo feito por investigadores da Escola T.H. Chan de Saúde Pública, da Universidade de Harvard, e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unido.

Este estudo foi feito com base em 7.548 amostras de paciêntes brasileiros, onde foi identificada a mutação Gama (P.1) ou a “variante de Manaus” que foi de imediato integrada na lista de “variantes de preocupação” da OMS.

No estudo divulgado no jornal Genetic Epidemiology, os autores do estudo apontam também que essa mutação foi associada a um grau impressionantemente veloz de transmissibilidade. Sendo atualmente, a estirpe predominante em todo o Brasil.

Num comunicado, Christoph Lange, professor de bioestatística, disse: “com base em nossa experiência, a metodologia GWAS pode fornecer ferramentas adequadas que podem ser usadas para analisar ligações potenciais entre mutações em locais específicos em genomas virais e o resultado da doença”, adiantando que, “tal pode permitir uma melhor deteção em tempo real de novas mutações deletérias [consideradas desfavoráveis para o hospedeiro] e novas cepas virais em pandemias”. 

O estudo destaca a importância da metodologia utilizada pois será útil para detetar mutações mais transmissíveis em tempo real.

“Esperamos também que essa abordagem funcione em cenários semelhantes envolvendo outras doenças, desde que a qualidade dos dados coletados em bancos de dados públicos seja suficientemente alta”, afirmou Georg Hahn, investigador e professor de bioestatística.

Leia aqui o estudo.

In NM

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