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Évora: Festival Rascunho celebra Artes Performativas no Feminino

A 1 edição do Festival Rascunho – Ciclo Instável de Artes Performativas no Feminino, organizado pela Colecção B em parceria com o Município de Évora, começou no dia 28 de julho e decorre até dia 30 de agosto, em vários espaços da cidade de Évora. 
O Festival Rascunho nasce neste contexto particular, é representação da inconstância perante uma vida que se suspende e retoma a cada nova vaga, condicionada pela evolução ou regressão dos números da pandemia do Eternamente “novo” vírus Covid-19, conforme divulgado pela Direção Geral das Artes.
É neste mundo onde se escreve na agenda a lápis, e onde todo o plano por mais elaborado, não passa de um rascunho, que Vanda R. Rodrigues (Directora Artística do Festival) quer propor à cidade a ocupação de todos os palcos por mulheres, com a certeza de que a cultura é segura e necessária.
Todos os espectáculos deste ciclo são também esboços de novas formas, teatro que se aproxima da instalação (Memorial de Lígia Soares) ou dança que se aproxima do ritual (Musculos de Beatriz Dias), propostas que a Colecção B apresenta propondo uma aproximação do público à complexidade das artes performativas contemporâneas, também elas sempre definidas por regras que são um esboço ou rascunho, instável lá está, que configura e revela novas construções formais, linhas que se revelam na proposta da programação de RASCUNHO.
Os espectáculos terão lugar em diferentes locais da cidade de Évora, passando por espaços cénicos e não convencionais, jardins, conventos e todos eles com acesso gratuito, apesar da lotação ser limitada, devido aos constrangimentos sanitários.
Nos dias 6 e 7 de Agosto, às 21:30 horas, na Sociedade Operária de Instrução e Recreio Joaquim António de Aguiar – a TOCA apresentada por UmColetivo será lugar no qual o público é convidado à gestação, ao seu primeiro habitat, lugar-origem de toda a espécie. 
Seguem-se duas produções artísticas seleccionadas no contexto da CONVOCATÓRIA A e B lançada pela Call Solos 2021 (chamada a novos criadores que visou a selecção, a nível nacional, de dois solos, beneficiando de 15 dias em residência na cidade de Évora, com apoio ao desenvolvimento e criação pela Associação Cultural Colecção B; e 15 dias na cidade de Elvas com o apoio da Associação Cultural UmColetivo – visando uma apresentação final ao público).
Nos dias 7 e 8 de Agosto, LUME BRANDO por Joana Martins terá lugar nos Antigos Celeiros da EPAC, às 18 horas, e ABRIGO por Joana Piçarra ocorrerá no Antigo Matadouro, Associação Pó De Vir a Ser, pelas 19 horas. O júri de selecção foi constituído por Bárbara Faustino, Luís Pedras, Rui Pina Coelho e Tatiana Saavedra.
No dia 8 de agosto, pelas 21 horas, no Convento dos Remédios, a distopia apresentada em MEMORIAL de Lígia Soares, revela-nos o presente perante a tragicidade cómica do futuro que olha o passado. A questão que as artistas nos lançam é mordaz: Seremos nós-próprios/as a nossa catástrofe? 
Por fim, no dia 30 de agosto, no mais antigo palco da cidade, recentemente recuperado por novas formas, Teatro Garcia de Resende, termina com DEN.TRO, às 19 horas, onde Maria Fonseca revela um corpo externo que hiperboliza aquilo que habita o interior.

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