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Sábado, Abril 20, 2024

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Évora recusa integrar futuro sistema multimunicipal de águas. “Para nós é inegociável qualquer processo que aponte a privatização do sistema”, diz Carlos Pinto de Sá (c/som)

O presidente da Câmara Municipal de Évora, Carlos Pinto de Sá, manifestou-se contra a adesão do município ao futuro sistema multimunicipal Águas de Lisboa e Vale do Tejo, acusando o Governo de querer impor a sua decisão.

À Rádio Campanário o autarca esclarece que oficialmente “a Câmara de Évora ainda não tomou posição uma vez que estamos neste momento a negociar com os outros municípios participantes nas Aguas Centro Alentejo que o ministro do Ambiente quer empurrar para o novo sistema municipal, estamos a estudar com eles a possibilidade de uma posição conjunta sobre esta matéria e não queríamos tomar uma posição isolada”.

Carlos Pinto de Sá diz que “quer o sistema multimunicipal quer aquele em que a câmara está inserido quer o novo, são sistemas desastrosos para o Município de Évora e para a população, mas mais grave do que isso, o que está a ser preparado com essa agregação, é procurar limpar as dívidas de empresas que estão falidas e engordar uma empresa de grande dimensão, a empresa que seria criada a Lisboa e Vale do Tejo teria mais de 100 municípios para depois mais à frente vir a privatizar a água, é completamente inaceitável”.

“Para nós é inegociável qualquer processo que aponte a privatização do sistema”, refere.

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A AgdA integra os municípios de Alcácer do Sal, Aljustrel, Almodôvar, Alvito, Arraiolos, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Grândola, Mértola, Montemor-o-Novo, Moura, Odemira, Ourique, Santiago do Cacém, Serpa, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vidigueira, enquanto a Água do Centro Alentejo abrange Alandroal, Borba, Évora, Mourão, Redondo e Reguengos de Monsaraz.

Com o plano para a reestruturação do setor da água, apresentado no início de outubro, o Governo pretende que as tarifas em alta (venda de água aos municípios) praticadas pelos novos sistemas multimunicipais, resultantes da fusão das atuais 19 concessionárias da Águas de Portugal em apenas cinco, atenuem a diferença tarifária atualmente existente para uma banda tarifária de 11% em 2019.

Atualmente, a diferença entre tarifas cobradas aos sistemas do interior e do litoral chega a ser o triplo, em alguns casos.

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