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Sexta-feira, Março 29, 2024

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“Foi a união e a partilha de um desafio comum a todo o nosso território que fez toda a diferença neste processo”, diz presidente da CIMAA (c/som)

Foi hoje assinado, no Mosteiro de Santa Maria de Flor da Rosa, no Crato, o contrato de financiamento que vai permitir concretizar o Empreendimento de Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato até 2025 e a Rádio campanário esteve presente.

O projeto, financiado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com 120 milhões de euros, vai ser executado pela Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), que junta os 15 municípios da Região.

O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Hugo Hilário, esteve nesta cerimónia, e na sua intervenção referiu, “Assinalamos hoje, com a assinatura deste contrato, um dos dias mais felizes, esperados e importantes para o futuro do Alto Alentejo. Estamos perante o maior investimento alguma vez realizado no Alto Alentejo, que é o maior projeto do PRR sob responsabilidade local, responsabilidade que assumimos através da Comunidade Intermunicipal. O Empreendimento Hidráulico de Fins Múltiplos do Crato (Barragem do Pisão), foi considerado unanimemente, por todos os 15 Municípios do Alto Alentejo, pelas forças vivas do nosso território e pelo Governo da República, como uma âncora de desenvolvimento. Os seus efeitos multiplicadores que irão potenciar várias áreas da nossa atividade económica, com destaque para agricultura, silvicultura e pecuária, agroindústrias, energia, turismo, investigação científica e, acima de tudo, para assegurar reserva estratégica de água, tendo presentes as alterações climáticas e a necessidade de assegurar as necessidades de consumo, dadas as fragilidades da Barragem da Póvoa, que já ultrapassa o seu período útil de vida e tem  problemas estruturais, e a capacidade muito limitada da Barragem da Apartadura, não garantindo mais do que 2 a 3 anos de seca continua.”

O presidente da CIMAA destaca que este desfecho ” só foi possível pela iniciativa, união e espírito de missão de todos os nossos autarcas,” acrecentando que “foi essa união, foi essa genuína partilha de um desafio que é o comum a todo o nosso território que tenho a certeza que fez toda a diferença neste processo. Não somos melhores nem piores, mas aqui fomos inequivocamente diferentes e unidos. Provámos que unidos, na nossa diversidade e no respeito pelas nossas diferentes visões do mundo e do território, conseguimos consensualizar prioridades, definir ambições e sermos o motor do desenvolvimento deste nosso território, concretizando as aspirações do Alto Alentejo e principalmente das suas populações. É com esta vivacidade e com este compromisso e cooperação que deveremos sempre enfrentar o futuro e os desafios. Neste sentido foi decidido pelos 15 municípios repartir entre si o valor da componente nacional da candidatura aprovada, em partes iguais.”

Segundo as declarações de Hugo Hilário, “a Barragem do Pisão, como projeto estruturante para o Alto Alentejo, vai inequivocamente criar novas oportunidades e ser marcante para o nosso futuro coletivo. Acreditamos que será profundamente disruptiva e indutora de crescimento. Em territórios como o nosso, tem que ser também o estado, com o seu poder transformador, a criar as condições para que um investimento privado possa florescer. Este investimento e os seus efeitos multiplicadores potenciaram, sem dúvida alguma, o nosso território na vertente económica, na sustentabilidade ambiental, na reserva de água e em muitos outros fatores.”

Em conclusão, o presidente da CIMAA referiu, “permitam-me que de forma emotiva e sincera, me sinta um privilegiado por poder viver aqui e hoje este momento e, principalmente, para contribuir para aquilo que hoje testemunhámos como uma das mais importantes páginas da história deste nosso território,” acrescentando que “alterará profundamente a nossa dinâmica de desenvolvimento, e cujo processo nos dá um importante estímulo e uma importante mensagem a toda a população, a todos os cidadãos, a todas as entidades públicas e privadas e a todos os responsáveis políticos deste território: vale sempre a pena, valeu sempre a pena lutar pelo Alto Alentejo.”

 

 

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