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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Fundação da Casa de Bragança tem no Paço Ducal “o maior arquivo privado português” e vai aprofundá-lo no Dia dos Museus (c/som)

A Fundação da Casa de Bragança vai aprofundar no Dia Internacional dos Museus “uma área que normalmente não está tão visível”, o património documental que consta no Paço Ducal de Vila Viçosa, adiantou á RC a diretora do Museu-Biblioteca, Maria de Jesus Monge.

Uma das vertentes que tem sido trabalhada pela arquivista Marta Pascoa “tem sido a relação da Casa de Bragança com os cristãos novos” nos territórios geridos pela Casa de Bragança. Será esse o tema que a arquivista vai abordar numa conferência no Dia dos Museus, dia 18 de maio às 16h00, no Paço Ducal de Vila Viçosa.

No entanto o estudo a ser apresentado e debatido representa apenas uma pequena parte daquele que é “o maior arquivo privado português” que a Fundação detém no Palácio de Vila Viçosa, composto por “uma memória vastíssima do trabalho desenvolvido ao longo de séculos pelos diligentes cronistas da Casa de Bragança, que tinham como função primeira gerir o património”, explicou a diretora.

No fundo a gestão feita hoje em dia não difere muito daquilo que era realizado em séculos passados, uma vez que “para gerir é necessária informação que na altura era vertida em papel”, a partir do qual “conseguimos gerar conhecimento”, explicou Maria de Jesus Monge.

Nesse sentido a Fundação da Casa de Bragança está “permanentemente a tentar retirar informação do imenso arquivo que é esta casa em todas as vertentes”, um arquivo tão vasto que a Fundação “pede com muita frequência aos de fora para vir trabalhar esses temas” que depois se transformam em publicações, concertos ou atividades para que qualquer um possa ter acesso, acrescentou.

 Questionada sobre as aéreas de trabalho que o arquivo pode gerar, Maria de Jesus Monge refe que “podemos pegar numa personagem e trabalhá-la sobre uma infinidade de perspetivas” e exemplifica com D. Maria II (não fosse este ano o ano em que se celebra o bicentenário do seu nascimento) que foi “duquesa de Bragança mas também Rainha de Portugal, e a partir dai abre-se toda uma panóplia de temas possíveis” como a materialização do regime constitucional em Portugal, acrescentou a diretora.

Em cada personagem à sempre a vertente familiar, onde os objetos “permitem ler como é que se vivia no século XIX”, a preparação educacional, a música, o interesse pelas ciências da natureza, as coleções de arte como pintura e escultura, mas também a numismática e a medalhística, citou Maria de Jesus Monge que conclui que “não tem fim”.

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