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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Fundação Eugénio de Almeida assinalou a despedida dos Monges Cartuxos, Maria do Céu Ramos Secretária Geral da Fundação partilha que “muitos deles queriam ser enterrados e foram enterrados na Cartuxa” (c/som e fotos)”

A Fundação Eugénio de Almeida assinalou, no passado sábado, a despedida dos Monges Cartuxos do Mosteiro de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, com um programa institucional que se realizou a partir das 17 horas no Auditório e Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida.

Pelas 17h00 o Padre Antão Lopez, monge cartuxo em Évora há 50 anos e Prior da Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli desde 1989, conversou com José Manuel Fernandes, Diretor do jornal Observador, evocando memórias e vivências do seu percurso monástico e da relação da Cartuxa com a Fundação e com a cidade.

Seguiu-se pelas 18h00, no Centro de Arte e Cultura, a inauguração da exposição Saudades dos Cartuxos, com a presença de D. Francisco José Senra Coelho, Arcebispo de Évora e Presidente do Conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida.

A RC conversou com a Secretária Geral da Fundação Eugénio de Almeida, Dra. Maria do Céu Ramos, questionada acerca do futuro e do que significou acompanhar a vida destes monges explicou que “agora há um vazio, uma espécie de luto porque durante muitos anos foi um privilégio muito grande acompanhar a vida da cartuxa e dos cartuxos” acrescenta que “foi muito interessante acompanhar a organização do restauro da igreja”, “foi muito interessante com os cartuxos fazer uma conferência internacional sobre a cartuxa” conclui que “esses projetos são irrepetíveis e deixam de ter agora em Évora o parceiro certo”.

Sobre o futuro partilha que “a fundação deve continuar mesmo depois desta despedida, a honrar os valores Cartusianos, a honrar a memória da sua presença em Évora e a dar visibilidade á presença que tiveram em Évora, de todas as maneiras que o tempo propuser e recomendar” continua relatando algumas memórias “tive o privilégio de conhecer um cartuxo, o Fonseca, que era um antigo jogador do Sporting, não sei se angolano ou moçambicano, a minha memória não me ajuda, mas um dos famosos cinco violinos, que depois de ter tido uma vida desportiva na alta competição do futebol, se retirou para a Cartuxa, era o irmão Paulo e visitava-nos com muita regularidade e era de uma fraternidade profundamente tocante”.

Questionada pela RC acerca do facto de este ser um dos poucos Mosteiros com cemitério explica que “muitos deles queriam ser enterrados e foram enterrados na Cartuxa” relembra que além dos quatro monges que partem, o Mosteiro “salvo erro deixa dez cruzes no seu cemitério”.

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