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GNR detido em Sines por condução sob efeito de álcool e ameaças acusado pelo Ministério Público

Em outubro de 2019, um militar da GNR, de 44 anos, foi detido em Sines por conduzir embriagado e, durante a detenção, ameaçou e insultou os militares que o intercetaram. “Se apanhar este gajo, um dia, mato-o”, disse o infrator a um colega que o transportava para o hospital, onde deveria realizar um teste de alcoolemia.

Conforme notícia avançada pelo Jornal de Notícias, o arguido, atualmente a exercer no posto da GNR de Vieira de Leiria, foi agora acusado pelo Ministério Público (MP) por crimes de ameaça agravada, condução sob efeito de álcool e injúrias.

O arguido seguia na sua viatura, em Sines, quando abordado por uma patrulha da GNR que realizava uma ação de fiscalização.

Terá pedido aos dois militares que não o submetessem ao teste do balão, o que lhe foi negado. Acusou 2,29, quase cinco vezes mais do que o legalmente permitido. Perante o resultado, foi detido e logo ameaçou os colegas. No posto da GNR também atacou verbalmente os três militares que faziam o auto de notícia relativo ao caso. “Vão pagar bem caro pelo que me estão a fazer”, ou “um dia vou ser vosso comandante e estão lixados” foram algumas das expressões que utilizou contra os colegas e que o MP reproduz na acusação.

O arguido, que à data estava no posto de Vila Nova de Santo André, no concelho  de Santiago do Cacém, disse mesmo aos militares que o detiveram que, se alguma vez fossem intercetados na sua zona, se vingaria. “Gostava muito que calhasses comigo numa patrulha porque vou lixar-te”, disse a um deles.

Já no posto, o detido insultou os militares, reiterando as ameaças “quando vos apanhar, vão pagar”, “não vão ser ninguém na Guarda” ou “vou-vos estragar a vida” foram outras expressões usadas, segundo o MP.

O arguido recusou-se a assinar o resultado do teste, pediu a presença de uma advogada e teve de ser algemado para ser conduzido ao hospital para fazer novo teste. “A mim ninguém me algema”, protestou. A caminho do hospital ainda ameaçou de morte um dos militares que conduzia a viatura.

O MP considera que quis “amedrontá-lo e fazê-lo temer pela vida”. O resultado do teste no hospital confirmou os valores obtidos no do balão.

 

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