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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Governo pediu aos dois únicos médicos de saúde pública do Baixo Alentejo para ficarem na região

António Lacerda, secretário de Estado da Saúde esteve hoje na Base Aérea n.º 11, em Beja, onde, acompanhado pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, visitou um centro de acolhimento para infetados com o vírus da covid-19.

O secretário de estado da saúde adiantou “que foi pedido aos dois únicos médicos de saúde pública do Baixo Alentejo que estão de saída para ficarem na região durante o estado de emergência devido à covid-19,” avança a Agência Lusa.

“Sempre que houver situações em que [médicos] por qualquer motivo peçam mobilidade, temos [Ministério da Saúde] que mobilizá-los para ficarem durante esta fase do estado de emergência”, afirmou António Lacerda Sales, referindo que isto “foi o que foi feito” em relação aos dois médicos de saúde pública da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).

A presidente da ULSBA, Conceição Margalha, na passada terça-feira, disse à Agência Lusa “ que esta entidade, que integra o hospital de Beja e os centros de saúde de 13 dos 14 concelhos do distrito de Beja, corre risco de ficar sem médicos de saúde pública se não for possível substituir os atuais que estão de saída.

A Unidade de Saúde Pública da ULSBA tem três médicos, nomeadamente dois especialistas em saúde pública e uma interna em formação na especialidade. Os dois médicos especialistas ter-se-ão candidatado a um concurso de mobilidade e ficaram colocados na Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, para onde vão ser transferidos, explicou. Se os dois especialistas não forem substituídos, a terceira médica interna não poderá continuar na ULSBA sem tutor e terá de sair para continuar a formação na especialidade noutra unidade de saúde, acrescentou Conceição Margalha.

António Lacerda Sales explicou que há um despacho do Ministério da Saúde que o autoriza a impedir, “só durante o estado de emergência”, a mobilidade de profissionais de saúde, “médicos essencialmente”, para outros serviços. “Não queremos interferir na vida pessoal das pessoas”, frisou, explicando que o que o ministério pede aos profissionais de saúde é “alguma compreensão” para que se mantenham nos serviços atuais “durante esta fase mais difícil da pandemia e do estado de emergência” e “depois, com certeza, terão oportunidade de fazer a sua vida livremente”.

O secretário de Estado da Saúde sublinhou que os recursos humanos em saúde pública não abundam”, nomeadamente nos territórios de baixa densidade, como o Alentejo, onde a situação se agrava, porque “há uma maior dificuldade em fixar esses recursos”.

“O que o Governo pode garantir é que, através de todos os meios legais e no quadro legal que tem, fará todos os possíveis para fixar e manter os que já cá estão e também criar obviamente incentivos para outros que possam vir, não só de saúde pública, falo de todos os recursos na saúde”, afirmou.

 

 

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