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Há 540 anos, Portugal e Castela assinavam o Tratado de Paz em Alcáçovas

CM Viana do Alentejo

Dia 4 de setembro de 1479 foi assinado no Paço dos Henriques, em Alcáçovas, entre as coroas de Castela e Portugal, o Tratado de Paz de Alcáçovas, que assinala entretanto, 540 anos. Um tratado que define, pela 1º vez, as áreas de influência de expansão económica e cultural das coroas castelhana e portuguesa.

Em 1479, D. Afonso V recebeu no Paço a embaixada de Garcia Sanches de Toledo com o intuito de negociar o tratado de paz entre os reinos de Portugal e Espanha para por termo à guerra de sucessão deste último reino. Através da linha imaginária, traçada ao nível do paralelo 27, na altura das Canárias, o tratado permitiu ainda a divisão do domínio dos mares entre os dois reinos ibéricos: a norte para a coroa de Espanha, e a sul as terras descobertas e a descobrir para a coroa de Portugal.  Espanha recebeu as ilhas Canárias enquanto Portugal obteve o reconhecimento do seu domínio sobre a Ilha da Madeira, o arquipélago dos Açores, o de Cabo Verde e a Costa da Guiné. O tratado foi ratificado em Toledo, em 1480, pelos Reis Católicos, ficando conhecido por Tratado de Alcáçovas – Toledo.

Este ato ficou associado ao Paço dos Henriques, classificado como imóvel de interesse público e alvo de recuperação por parte do Município de Viana do Alentejo.

Durante anos fechado, aquele equipamento – Paço dos Henriques, Capela de N.ª Sr.ª da Conceição e Jardim das Conchas – voltou a abrir portas, a 4 de setembro de 2016, após sofrer obras de requalificação,  bem como a zona envolvente, nomeadamente a Praça da República, num investimento superior a 1.700.000,00€, cofinanciado por fundos comunitários (FEDER) no âmbito do QREN/Inalentejo.

Em 2017, o Município de Viana viu aprovada a candidatura “Museografia do PAGUS”, um projeto museográfico pioneiro, enfocado na promoção de marcas identitárias do território com impacto relevante para a região, como é o “Fabrico dos Chocalhos”, consagrado como Património Cultural Imaterial da Humanidade com Necessidade de Salvaguarda Urgente pela UNESCO desde 2015, tendo a freguesia de Alcáçovas como “capital”.

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