À margem da Sessão Solene da Assembleia Municipal de Vila Viçosa, que se realizou esta quarta-feira, dia 25 de abril, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Viçosa, o Presidente da Junta de Freguesia de Pardais, Inácio Esperança, disse à Rádio Campanário (RC) que tanto PS como PSD terão prometido do imóvel onde se situava o emblemático e já extinto café-restaurante “Framar”, a aquisição do mesmo, caso ganhassem as eleições. Diogo Ferreira, deputado municipal, diz não ter conhecimento de qualquer promessa desse tipo por parte do Partido Socialista.
Inácio Esperança começou por explicar que “em todo o centro histórico e desde que há plano de salvaguarda do centro histórico, a Câmara Municipal tem direito de preferência em todos os imóveis”. Por isso, no entender do Presidente da Junta de Freguesia de Pardais, “se um proprietário, que compra um imóvel, que tem importância para Vila Viçosa, e quer fazer nesse imóvel uma coisa que a Câmara Municipal não deixa, se não é pelo menos moral a Câmara Municipal resolver essa questão e devolver isso à população”.
Desta forma, “eu entendo neste momento, que em primeiro lugar, antes de meter numa imobiliária, tem que perguntar à Câmara, porque qualquer imóvel dentro de Vila Viçosa do centro histórico, que seja vendido, o proprietário não o pode meter numa imobiliária sem pedir à Câmara”, afirma Inácio Esperança.
Por fim, o autarca diz que “a comunicação social local devia perguntar ao PS que negócios fez com o atual proprietário durante o período eleitoral, onde lhe prometeu comprar o Framar”. Acrescentando que “o PS, em campanha eleitoral, e o PSD, prometeram ao atual proprietário que se ganhassem as eleições lhe compravam o Framar”. Por isso, “aquilo que acho é que é de justiça tentar devolver às populações aquilo que deve ser das populações, utilizando uma parte para benefícios públicos e de alguma forma resolver que o próprio município criou às pessoas”, afirma Inácio Esperança.
Por seu turno, Diogo Ferreira, membro da Assembleia Municipal de Vila Viçosa, pelo PS, quando questionado sobre esta alegada promessa, negou a mesma declarando que “não tenho conhecimento, eu não tenho nenhuma informação que me possa fazer um comentário a essa acusação”, afirmando saber apenas que “neste momento existe um compromisso assumido pelo executivo da CDU na compra desse imóvel, vão ser gastos 240 mil euros que o município que o município poderia investir naquilo que nós achamos que são as reais necessidades do município”, como em “estruturas sociais e culturais”.
Ainda sobre este assunto, Diogo Ferreia afirma que “as câmaras municipais e os executivos não devem ser negociantes”, mas sim “promover o desenvolvimento de estruturas económicas, sociais e culturais para os munícipes”, acrescentando que o atual executivo “tem aqui uma grande oportunidade para criar uma biblioteca, para criar uma infraestrutura cultural que tanta gente pede no nosso município”.
Até ao fecho desta edição a RC tentou entrar entrar em contacto com o proprietário do imóvel, mas não foi possivel obter declarações do mesmo.
