Com a falta de regulamentação da caraterização das novas ambulâncias do INEM, cinco corpos de bombeiros estão há mais de um mês com os seus serviços condicionados, alertou Inácio Esperança, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora a esta estação emissora.
Em causa está o novo modelo de ‘lettering’ para as ambulâncias protocolados com entre o INEM e a Liga de Bombeiros Portugueses, em que o acordo “implica que as ambulâncias sejam amarelas e a parte de trás tenha uma zona vermelha que diz bombeiros, enquanto o Instituto da Mobilidade e dos transportes (IMT) “entende que não tem que licenciar as ambulâncias com o amarelo e vermelho porque não está no Regulamento Geral de Transporte”, lamentou.
Questionado sobre que corporações estão a ser afetadas por este impasse na documentação dos veículos, Inácio Esperança, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Évora, indica as corporações de Barrancos, Alvito, Cuba, Mourão e Viana do Alentejo, que atualmente se veem forçados a utilizar uma viatura que não tem “as características previstas e que poderia servir para outro tipo de transporte e emergências”, alertou.
“Estão em causa ambulâncias e o socorro a pessoas” advertiu o presidente de Federação eborense, afirmando que “instituições públicas numa guerra por causa de uma faixa que diz Bombeiros é vergonhoso”, levando-o a questionar “como é que o INEM faz um acordo com as associações de bombeiros e não acautelou isto”.
“Alguém tem que meter mão nisto”, apelou Inácio Esperança que recorda o montante na ordem dos 40 mil euros despendido para a aquisição dos Postos de Emergência Médica (PEM) sob características e normas definidas pelo INEM, tal como as cores que têm impedido a legalização das ambulâncias.
