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Intervenção no Templo Romano de Évora deu “uma nova imagem a este grandioso monumento”, diz Ministro da Cultura (c/som e fotos)

A Fundação Eugénio de Almeida recebeu na manhã desta terça-feira, dia 26 de junho, a cerimónia de abertura da Jornada de apresentação dos trabalhos de conservação, investigação e da publicação científica monográfica, do Templo Romano de Évora, que contou com a presença de Luís Castro Mendes, Ministro da Cultura.

As intervenções feitas ao templo em 2017 e apresentadas publicamente nestas jornadas, possibilitaram “conhecer melhor o monumento”, aponta o governante à RC.

As intervenções possibilitaram não só restaurar o templo e limpar os capitéis, “dando uma nova imagem a este grandioso monumento”, como efetuar estudos com as modernas técnicas de visualização dos edifícios que temos no Laboratório Hércules” e da empresa Nova Conservação, nomeadamente dos riscos sísmicos e “conhecer a extraordinária evolução da técnica arquitetónica que os romanos usaram para a construção deste templo”.

O Ministro da Agricultura destaca ainda a “celeridade e prontidão” das Direções regional e Geral de Cultura no processo.

Ana Paula Amendoeira, diretora regional da cultura do Alentejo descreve a intervenção como “pioneira”, uma vez que foi a primeira de conservação efetuada a este templo “que não cessa de nos surpreender”.

A última intervenção feita fora no século XIX, mas apenas de restauro e de âmbito arqueológico.

As intervenções ocorridas em 2017, decorreram de “problemas de desagregação” registados no monumento, nomeadamente com fragmentação de um dos capitéis do templo.

A dirigente destaca “o interesse particular” do Ministro da Agricultura que proporcionou uma rápida disponibilidade dos meios financeiros para a intervenção.

Esta “permitiu conhecer muito melhor o monumento”, sendo que para além da conservação, foram ainda feitos estudos e levantamentos “com as modernas tecnologias”, que permitiram “perceber a arquitetura do monumento que é de uma qualidade construtiva absolutamente notável”.

A intervenção teve um custo inferior a 50 mil euros, “muito pequena do ponto de vista financeiro, mas ainda assim foi muito importante”, aponta.

A limpeza do Templo Romano possibilitou ver que os capitéis e bases “são construídos em mármore” e de cor branca, e “os fustos das colunas são construídos em granito”, quando previamente todo o monumento se apresentava cinzento.

Foram ainda consolidados “alguns fragmentos que estavam já há muito tempo no museu de Évora” e que “não se tinha ainda chegado à conclusão que de facto pertenciam ao templo”.

Os estudos feitos surgem como “instrumentos para quando tivermos oportunidade de fazer uma intervenção de mais fôlego”.

Apesar dos resultados obtidos, “precisávamos de […] continuar a conservação”, aponta a dirigente, avançando ainda a necessidade de “um programa de divulgação” do monumento, com “mais informação para as pessoas mais exigentes”.

Neste sentido, segunda-feira, dia 25 de junho, foi colocada junto ao monumento, uma placa informativa alusiva que não existia até então.

Obras sobre as intervenções realizadas nos anos 90 e em 2017 serão disponibilizadas digitalmente e em papel.

Para além do ministro da Cultura e da diretora regional de cultura do Alentejo, a sessão foi ainda presidida pelo Cónego Eduardo Pereira da Silva, presidente do conselho de Administração da Fundação Eugénio de Almeida, Dirce Marzoli, diretora do Instituto Arqueológico Alemão (Madrid) e Eduardo Luciano, vereador da cultura de Évora.

 

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