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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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Invasão ao Quartel de Bombeiros de Monforte foi “intolerável e abusiva”, afirma Jaime Marta Soares

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) considera que a invasão ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Monforte, ocorrida no sábado, foi uma “atitude intolerável e abusiva”, alertando que estes atos “têm-se repetido” em vários locais do país.

De acordo com uma nota divulgada hoje pela Agência Lusa, o presidente da LBP, Jaime Marta Soares, enviou uma carta ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na qual considera como “uma atitude intolerável e abusiva” a invasão ao quartel daquela corporação do distrito de Portalegre, que fez “uso da força e da intimidação”.

Na missiva enviada hoje ao chefe de Estado, o presidente da LBP refere que o grupo de pessoas “entrou de forma intempestiva e brutal” nas instalações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Monforte.

Jaime Marta Soares realça que “atos desta relevância, levados a efeito contra os bombeiros por grupos organizados de origem devidamente identificada, têm-se repetido em diversos locais”.

“Não podemos continuar a tolerar a passividade ou tolerância excessiva das autoridades perante ataques mesquinhos e cobardes contra os bombeiros, cidadãos respeitáveis e respeitadores, e que, como tal, exigem ser tratados”, finaliza o comunicado.

No sábado à noite, um grupo de pessoas de uma comunidade cigana do concelho invadiram as instalações do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Monforte, exigindo que uma criança fosse socorrida. Em declarações ao Jornal Alto Alentejo, o presidente da Câmara Municipal de Monforte, Gonçalo Lagem, contou que “uma criança da comunidade cigana que vive no concelho terá perdido os sentidos, e que em vez de fazerem o que qualquer outra pessoa faria, que seria contactar o 112, respeitando e cumprindo rigorosamente o que todos nós cidadãos estamos aconselhados a fazer, a família, num grupo de 30 a 40 pessoas invadiu o quartel, arrombando as instalações, exigindo que a criança fosse socorrida”.

Gonçalo Lagem garantiu à mesma fonte que “nunca esteve em causa a prestação do socorro à criança, que foi assegurado pelos bombeiros”, afirmando que principal problema é o comportamento agressivo desta comunidade, que “exige ser tratada de forma diferenciada do resto da população, gera o pânico sem necessidade, e, sobretudo numa altura em que os nossos bombeiros precisam de estar focados nas suas funções, estão sujeitos a este tipo de atitudes e incidentes que em nada ajuda a que prestem um bom serviço como sempre fazem”.

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