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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Investimentos regionais valorizam “know-how” de desempregados com mais de 65 anos, diz Delegado Regional do IEFP (c/som)

Em junho do presente ano, existiam 257.600 pessoas em Portugal com mais de 65 anos, em situação de emprego ativo, representando 5,4% da população total ativa do país.

Este aumento também se reflete no número de desempregados, existindo na região Alentejo, cerca de 300 pessoas com mais de 65 anos, inscritas no IEFP, como avança à Rádio Campanário, Arnaldo Frade, Delegado Regional do Alentejo do IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional.

Estes valores significam que, na região Alentejo, cerca de três centenas de pessoas com idade superior a 65 anos, procuram emprego, por se encontrarem desempregadas, ou procurarem uma oportunidade de emprego melhor.

Atualmente em Portugal, a idade da reforma sem penalização da pensão, fixa-se nos 66 anos e 3 meses, havendo pessoas que continuam a trabalhar, entre outras razões, por “ainda se sentirem bem de saúde”, ou “por uma questão de rendimento”.

Dado “o aumento da esperança média de vida, o que é normal é que as pessoas que se sintam em condições e motivadas para trabalhar, possam ter essa opção”, defende, apontando os índices de desenvolvimento do país, alavancados pelo “aumento dos índices na educação, na saúde, no bem-estar”, como fatores motivadores.

Questionado sobre a aceitação por parte das empresas de trabalhadores desta faixa etária, o Delegado Regional do Alentejo do IEFP afirma que se verifica atualmente a cedência de oportunidades de emprego a pessoas, que antigamente seria “pouco provável” a obterem.

Isto prende-se com o facto de as empresas valorizarem cada vez mais o “know-how adquirido pelas pessoas ao longo dos anos”.

Por outro lado, surge “a escassez de mão de obra disponível e qualificada” para ocupar os postos de trabalho criados pelos vários investimentos realizados na região.

Embora os ficheiros de desemprego continuem a contemplar pessoas licenciadas e qualificadas, “o número de pessoas disponíveis a trabalhar” na área requerida pelas empresas contratantes, é menor que o número de postos de trabalho disponíveis. 

Arnaldo Frade afirma que “o leque de escolha em função daquilo que são as exigências das entidades quando apresentam uma proposta de emprego, é um leque menor”, permitindo “uma maior facilidade de inclusão e de contratação de pessoas com mais idade, por parte das empresas”.

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