Portugal atravessa uma situação de seca preocupante e com as previsões meteorológicas a apontarem opara continuação de tempo seco, as previsões não são animadoras, especialmente para aqueles que vivem da agricultura ou mesmo aqueles, que apenas para retirarem proveito próprio da terra, continuam a cultivar muitos dos bens próprios que utilizam na sua alimentação.

Das 60 albufeiras monitorizadas, 8 apresentam disponibilidades hídricas superiores a 80% do volume total e 15 têm disponibilidades inferiores a 40% do volume total.

No Alentejo há sete barragens que estão abaixo dos 50% da sua capacidade de armazenamento: Barragem de Beliche, Santa Clara, Campilhas, fonte Serne, Monte da Rocha, Odivelas e Roxo.

Luís Pereira, de 81 anos, reside em Terena e dedicou toda a sua vida à agricultura. Agora, já reformado, continua a trabalhar a terra e a aproveitar as suas potencialidades.

Mas a falta de chuva está a dificultar-lhe a vida.

Em declarações à RC adianta “Isto está mau, não chove. Nem para o gado, nem para as plantas, nem para coisa nenhuma. Não dá, está manhoso. “

Para Luís Pereira o importante mesmo “era chover, mas não chove. Deus nosso senhor que está lá em cima é que manda, não somos nós “ acrescentando que devido à falta de chuva “tenho de regar, mas a água da torneira fica cara. “

A situação “está a estragar coisas que já semeei e para o gado então, está uma miséria.”

Esta situação, refere, “prejudica o pequeno e o grande Agricultor” acrescentando, no entanto, “o grande tem mais dinheiro, é a sorte disto, mas o pequeno não tem.”

De semblante carregado, Luís Pereira, do alto da sua experiência de vida não deixa de se manifestar preocupado não só com a agricultura “tem que se poupar, às tantas nem para beber há. Ainda temos aqui a barragem de Alqueva e esta de terena. Ainda temos água, mas é diferente. “