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Jovens de Évora dizem que crise climática pode ser mais prejudicial que COVID-19

Um grupo de jovens concentrou-se na passada sexta-feira, dia 25 de setembro, em Évora, junto ao Templo Romano, para alertar para as consequências das alterações climáticas e avisou que no futuro podem ser “mais prejudiciais” do que a pandemia de COVID-19.

Integrada na “mobilização climática global”, a iniciativa arrancou com sete jovens, todos de máscara de proteção, a colorarem cerca de uma dezena de cartazes na estrutura metálica que delimita a área do Templo Romano.

“Por uma transição climática justa”, “A terra esgotou a sua paciência e nós também”, “Eco>Ego” e “Keep the earth clean (Mantenha a terra limpa)” eram as frases de alguns dos cartazes de papelão e pano afixados na estrutura.

Linda Assunção, de 17 anos, aluna da Escola Secundária André de Gouveia, afirmou à agência Lusa que a concentração pretendeu mostrar que, apesar da pandemia de covid-19, os jovens não se esqueceram do problema das alterações climáticas.

Foi também, acrescentou, “uma forma de afirmar, sobretudo para o Governo, que no futuro as alterações climáticas serão mais prejudiciais que a própria pandemia” de covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.

Também em declarações à Lusa, João Fanha, de 18 anos, que aguarda informação sobre o ingresso no ensino superior, sublinhou que se trata de “uma manifestação mais simbólica”, dado “o recente surto na cidade e o aconselhamento da Câmara de Évora”.

“Mas queremos que os cartazes expostos representem o número de participantes que cá estariam”, disse, vincando que os jovens não podiam “deixar passar” a luta climática que “têm vindo travar”, apesar da pandemia.

João Fanha advertiu que, devido à covid-19, os governantes “pensam muito em recuperar a economia a todo o custo e esquecem-se das questões ambientais”, lamentando que se esteja a “voltar ao descartável, sem olhar ao ambiente”.

Durante a concentração, o grupo de jovens de Évora realizou vários diretos para as redes sociais.

Criadas inicialmente pela jovem ativista sueca Greta Thunberg, que iniciou sozinha uma greve às aulas às sextas-feiras exigindo medidas para combater as alterações climáticas, este tipo de ações, as chamadas greves climáticas estudantis, acontecem no mundo inteiro e em Portugal já se fizeram várias greves climáticas, sendo que pela primeira vez a iniciativa não se chama greve, mas “mobilização climática”.

Na base da ação de sexta-feira está o mesmo apelo, do movimento “Friday´s for Future” criado por Greta Thunberg, que em Portugal teve eco no movimento Salvar o Clima, uma plataforma que junta várias organizações que organizam as ações.

(Fonte: Agência Lusa)

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