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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Jovens não vêm para o exército porque ganham mal e não têm perspetiva de carreira, diz comandante do RC3 à Campanário (c/som)

Coronel Jorge Pedro, Comandante do Regimento de Cavalaria nº3 (RC3) de Estremoz, falou à RC sobre a “carência de efetivo no exército”, e as razões que poderão estar na origem desta situação.

Esta carência é justificada pelo oficial, com fatores como a existência de “um regime que é pouco amigo dos jovens” com regras a que têm que obedecer estritamente, assim como a perceção de “que fazendo menos” conseguem obter remunerações mais elevadas “noutro tipo de emprego”.

“Eu diria que a tropa não está na moda”
Coronel Jorge Pedro

 

“Quando entram para as forças militares”, os jovens encontram-se a contrato com a duração de 6 anos, findos os quais “são muito velhos para um primeiro emprego” tendo cerca de 25 anos, e “são muito novos para estarem desempregados”. Por outro lado, noutros empregos, como na Guarda Nacional Republicana (GNR), “têm um futuro garantido porque entram para o quadro”.

O comandante do RC3 defende que “todos os que estão lá é por gosto”, quando questionado se a permanência na vida militar surge de uma vocação. “Aqueles que querem abraçar a carreira das armas, acabam por ingressar na escola de sargentos ou na academia militar” iniciando uma carreira militar. Contudo, “acaba por ser um contingente muito pequenino que consegue ingressar, até porque essas vagas são muito limitadas, face ao efetivo que existe em todo o universo de contratados”.

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