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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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Modernização do troço ferroviário entre Sines e Ermidas do Sado é suficiente para «satisfazer as necessidades de curto e médio prazo do Porto de Sines», diz presidente da APS

A modernização do troço ferroviário entre Sines e Ermidas do Sado é suficiente para «satisfazer as necessidades de curto e médio prazo do Porto de Sines». Quem o garante é o presidente da APS, José Luís Cacho, em declarações à Transportes em Revista, à margem do Ciclo de Palestras promovido pela SRS Advogados e a Transportes em Revista e que teve o administrador portuário como principal convidado.

Segundo José Luís Cacho, com esta intervenção «iremos conseguir assegurar o número de comboios suficientes no hinterland, quer para o Terminal XXI, quer para o futuro Terminal Vasco da Gama». No entanto, o presidente do Porto de Sines, ressalva que «esta via tem um conjunto de constrangimentos que no futuro têm de ser resolvidos. Isso resolve-se com a nova ligação entre Sines e Grândola, cujo investimento o Governo já incorporou no Portugal 2030. Para nós é importante que este investimento seja realizado, não só para resolver os constrangimentos da via como também para servir como alternativa e não ficarmos tão dependentes do outro ramal».

As previsões apontam para que o Terminal Vasco da Gama esteja concluído e em operação em 2023 e a ligação entre Sines e Grândola só em 2027. Será que neste espaço de três anos, a atual linha será suficiente para servir os dois terminais? José Luís Cacho refere que «mesmo que esta linha não fosse feita, o que não acredito, em 2027 a atual linha iria ter capacidade para assegurar o tráfego ferroviário nos dois terminais. Com esta intervenção vai ser possível fazer 44 comboios/dia e com comboios mais longos. Os nossos estudos apontam que o potencial de carga do hinterland tem uma capacidade limitada».

O Presidente do Porto de Sines adianta que, atualmente, o transhipment é responsável por 80% da carga contentorizada em Sines, sendo que a carga para o hinterland representa apenas 20%. No entanto, para o responsável, este valor irá situar-se, no futuro, nos 10%. Isto porque, segundo, José Luís Cacho, «a região do West Med testemunhou um tremendo crescimento no transhipment entre 2010 e 2018, com um crescimento de 68%».

Também por este motivo, justifica-se a construção de um novo terminal de contentores em Sines, ressalva o presidente do Porto de Sines: «apesar de existirem um conjunto de fatores a nível mundial que podem contribuir negativamente para a diminuição do tráfego marítimo, o crescimento no West Med sustenta um novo terminal de contentores. Estamos a fazer o nosso trabalho e sabemos que o mercado está a olhar para este projeto e temos o crescimento assegurado para os próximos 4 ou 5 anos. Temos capacidade para duplicar o número de contentores que faremos nos próximos anos. Acreditamos que vai ser um sucesso para Sines».

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