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Terça-feira, Abril 23, 2024

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Municípios alentejanos vão assinar protocolo “para demonstrar viabilidade da Estação de Cargas e Descargas em Alandroal” (c/som)

Os municípios da Zona dos Mármores e do Alqueva estão empenhados em “demonstrar a viabilidade de construir uma Estação de Carga e Descarga” em Alandroal, onde está prevista uma Estação Técnica, disse à Rádio Campanário o autarca João Grilo.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Alandroal, que falava a esta estação emissora no III Fórum Corredor Sudoeste Ibérico, a nova ligação ferroviária que vai interligar Lisboa a Madrid (temática desenvolvida no fórum promovido por empresários estremenhos) vem possibilitar “ligações para todos os setores e áreas de atividade”, sobretudo tendo em conta que parte dos municípios alentejanos estão inseridos no corredor ferroviário.

Já o Município de Alandroal, que está “no coração dessa linha”, está neste momento a tentar que a Estação Técnica número 2 a situar no concelho “seja transformada em Estação de Mercadorias e eventualmente de passageiros no futuro”, explicou o autarca que considera esta infraestrutura “fundamental para a Zona dos Mármores e do Alqueva”.

Nesse sentido os sete municípios, cinco da Zona dos Mármores e dois do Alqueva, já têm acordo com a Infraestruturas de Portugal (IP) “para a celebração de um protocolo para o desenvolvimento de um estudo de viabilidade económica para essa estação”.

O Protocolo reúne os municípios de Alandroal, Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Redondo, Sousel e Reguengos de Monsaraz num projeto de desenvolvimento de um estudo em conjunto com a IP para “demonstrar a viabilidade de construir uma Estação de Carga e Descarga” onde está prevista a Estação Técnica, que segundo o autarca “facilmente do ponto de vista técnico pode ser transformada, mas é preciso demonstrar essa necessidade para que através do Governo possa haver a construção”.

Segundo João Grilo o protocolo vai ser celebrado “muito em breve”, e garante que é um processo que tem envolvido “o cluster da pedra, a Assimagra, os empresários e as dinâmicas do lago de Alqueva” no sentido de provar que o projeto “faz sentido, é economicamente viável e importante para a região”.

Questionado se o propósito foi unânime entre as autarquias, João grilo não tem dúvidas e revela ter sido “muito gratificante ter abordado colegas de municípios vizinhos e ter encontrado logo abertura, estando até dispostos a pagar uma parte do estudo”, que será liquidado 50% pela IP e o restante pelas autarquias interessadas.

Na opinião do autarca, a pronta contribuição dos municípios “significa que estão comprometidos e empenhados” em demonstrar a viabilidade do projeto e em como ele “beneficia toda a região dos Mármores e do Alqueva”.

Questionado se a região tem matéria suficiente para ser merecedora que uma paragem, o autarca João Grilo refere que, embora o estudo ainda tenha que ser feito, os interessados entenderam até aqui que “bastaria ter 1000 toneladas para movimentar por semana para justificar a construção”, algo que “não é difícil de conseguir se pensarmos que os mármores movimentam matéria-prima de grande volumetria e peso, e depois os vinhos, azeites e todos os produtos ligados à agroindústria também o podem justificar”.

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