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Sábado, Abril 20, 2024

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“Não iremos racionar a água aos nossos regantes, a situação de Alqueva é perfeitamente confortável “diz José Pedro salema da EDIA(c/som)

Mais de um quarto do território do continente estava no final de junho em seca extrema (28,4%), verificando-se um aumento em particular na região Sul e em alguns locais do interior Norte e Centro.

O restante território estava em seca severa (67,9%) e seca moderada (3,7%).

No final de junho os valores de percentagem de água no solo continuavam muito baixos em todo o território e em especial na região interior Norte e Centro, no vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Por causa da seca, a ministra da Agricultura , Maria do Céu Antunes admitiu recentemente em  Évora novas restrições ao uso de água para fins agrícolas. Sem especificar que regiões ou culturas podem vir a ser afetadas,  a governante   confessou-se preocupada.

A Rádio Campanário falou sobre esta questão com José Pedro Salema, Presidente da EDIA, que começou por nos referir que a situação atual não é uma surpresa e a descida face ao mês anterior também é perfeitamente típica tendo em conta o mês em que nos encontramos” sublinhando ainda que, no que diz respeito a Alqueva, “ a EDIA acompanha diariamente e em contínuo esta informação em relação aos reservatórios que nos dizem respeito, em particular ao de Alqueva , o maior do país , o maior da Europa.”

Para José Pedro salema, a questão com a qual devemos estar preocupados é “o armazenamento global e , quanto a isso, e no que diz respeito ao sistema de Alqueva esse armazenamento é hoje perfeitamente confortável.”

Segundo avança o responsável pela EDIA “consultámos o número oficial e temos em Alqueva cerca de 3 mil milhões de metros cúbicos de água, dos quais 2 mil milhões são úteis(podem ser utilizados) e mil milhões dificilmente poderão ser utilizados, designados como volume morto por se encontra abaixo da quota de tomada de entrada no sistema.”

Este volume, refere ainda o responsável “dá-nos conforto para muito mais do que uma campanha ou seja a EDIA tem uma concessão para utilizar 620 metros cúbicos por ano e, contando ainda com caudais ecológicos importantes, e com evaporações significativas” explicando contudo que “ainda assim o volume é perfeitamente confortável para duas campanhas plenas sem qualquer restrição.”

Questionado se , na eventualidade de virem a ser definidas de racionamento de água a nível geral, a EDIA pondera a aplicação de racionamentos aos Regantes de Alqueva, Pedro Salema afirma “não estão previstos racionamentos gerais porque há sistemas que são completamente diferentes de outros.”

Ainda sobre esta questão , José Pedro  Salema refere que, a serem determinados racionamentos “não faz sentido ser aplicada uma bitola única para situações tão diversas” reforçando que  EDIA tem preparado,  já há alguns anos, um plano de contingência  e esse plano de contingência tem uma lista de níveis de contingências que vão aumentando as restrições em função da descida da quota da água em Alqueva.

Segundo o responsável da EDIA “quanto menos água temos mais restrições imporemos aos nossos utilizadores” dando ainda conta que atualmente “estamos no nível 2 de 7, ou seja, numa posição perfeitamente confortável.”

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