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Novo museu revela história e espólio de arte da Misericórdia de Évora

Santa Casa da Misericórdia de Évora

Um novo museu abriu portas em Évora para “dar a conhecer” o conceito, a história e o espólio de arte ligada ao culto da Misericórdia local, após um investimento de cerca de meio milhão de euros.

“Queremos dar a conhecer o conceito de uma Misericórdia e da Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) e mostrar o património do ponto de vista do edificado e dos objetos de arte”, revelou hoje o provedor da instituição, Francisco Lopes Figueira.

Este espaço museológico, que já se encontra em funcionamento, é inaugurado oficialmente na quarta-feira, às 15:30, estando prevista a presença da Ministra da Cultura, Graça Fonseca.

O museu foi criado nas dependências anexas da Igreja da Misericórdia de Évora, localizada em pleno centro histórico da cidade.

Constituído por seis salas expositivas e pela própria nave da igreja, o espaço apresenta sobretudo arte sacra dos séculos XVII, XVIII e XIX que é propriedade da SCME, como pinturas a óleo, um órgão de Oldovini ou uma estante de coro.

Algumas destas peças de arte encontravam-se espalhadas por vários edifícios da SCME, como o Recolhimento Ramalho Barahona ou o Lar Nossa Senhora da Visitação, e foram reunidas no novo espaço, que disponibiliza ainda recursos gráficos e multimédia.

A Igreja da Misericórdia de Évora, edificada em meados do século XVI, também recebeu obras de conservação e restauro, que duraram cerca de um ano e que envolveram um investimento de cerca de 600 mil euros, reabrindo ao culto em 2019.

Depois de concluída a intervenção na igreja, segundo o provedor da Misericórdia de Évora, seguiram-se os trabalhos de reabilitação das dependências anexas para a instalação do novo espaço museológico, num investimento de cerca de 500 mil euros.

Ao todo, adiantou o responsável, as obras na igreja e nas dependências anexas tiveram um custo de quase 1,1 milhões de euros, com apoio do Programa Operacional Regional Alentejo 2020 e do Fundo Rainha D. Leonor, da Misericórdia de Lisboa.

“A degradação desta ala, que, agora, chamamos de museu, era muito grande”, sublinhou Lopes Figueira, indicando que os espaços que a constituem eram antes utilizados como “arrecadações” e estavam “fechados há muitos anos”.

O provedor revelou ainda que planeia expandir o Museu da Misericórdia de Évora e criar “uma resposta social” para os mais carenciados no edifício da antiga Messe dos Sargentos, contíguo à igreja, caso seja “devolvido” à instituição.

Assinalando que o “edifício é do Estado” e está “afeto ao Ministério da Defesa”, o responsável salientou que a sua devolução à SCME foi prometida “há já vários anos” e que a promessa tem passado “de governo em governo”.

“Tudo depende do próximo governo”, vincou Francisco Lopes Figueira, explicando que este edifício, que foi a sede da SCME, foi expropriado, há cerca de 100 anos, “após a implementação da República”.

C/Lusa

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