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Novos horizontes da Paleontologia em debate na Universidade de Évora

O Paleo Fall Meeting 2019 está a decorrer até dia 28 de setembro no Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora (UÉ), congresso na área da Paleontologia que conta com uma exposição de fósseis portugueses.

Organizado por alumni do Mestrado em Paleontologia, curso em Associação entre a UÉ e a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (FCT-UNL), o evento pretende chamar a atenção de estudantes, investigadores e potenciais interessados para esta Ciência e promover o diálogo multidisciplinar.

As mais de duas décadas de experiência nos ensinos e na investigação nas áreas da Biologia e da Geologia “levou, em boa hora, a que a Universidade de Évora tomasse a iniciativa de criar o primeiro Mestrado em associação com a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa na área da Paleontologia” sublinhou Ana Costa Freitas, Reitora da UÉ.

“E os resultados são evidentes”, considerou ainda a Reitora da UÉ a propósito do Mestrado, referindo, a título, os resultados descritos na dissertação da autoria de Dário Estraviz López, sob orientação do Professor Octávio Mateus, distinguido este ano com o Prémio Carreira Alumni UÉvora. O estudo refere que “dois terços dos mamíferos de grande porte do nosso país e cerca de metade de todos os mamíferos extinguiu-se no último milhão de anos”; que das “77 espécies de mamíferos fósseis em Portugal apenas 41 ainda existem hoje no nosso território” ou que a “biodiversidade actual de mamíferos é apenas uma fracção do que foi há um milhão de anos”.  

Miguel Telles Antunes, paleontólogo, Professor aposentado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa proferiu a conferência inaugural do encontro, que contou, entre outros, com a presença de Ismal de Souza Carvalho, Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro, que apresentou a Coleção de Macrofósseis dessa Universidade, constituída por um acervo com cerca de 30.000 exemplares, considerado um dos maiores registos documentais fósseis das bacias sedimentares do território brasileiro, que envolve materiais que abrangem o Proterozoico e todo o Fanerozoico.

A exposição de fósseis portugueses está patente ao público na sala 124 do Colégio do Espírito Santo da Universidade de Évora até ao final do dia de hoje, 27 de setembro.

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