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Número de casais de águia-imperial-ibérica duplicou nos últimos anos em Portugal, sobretudo no Alentejo

O número de casais reprodutores de águia-imperial-ibérica em Portugal aumentou de 11 em 2013 para 24 este ano, segundo a Liga para a Proteção da Natureza, que coordenou um projeto de conservação desta espécie nos últimos sete anos. 

De acordo com o balanço da Liga para a Proteção da Natureza (LPN), desde que o projeto LIFE Imperial foi criado em 2013, a águia-imperial-ibérica, uma espécie em perigo de extinção, viu o seu número mais que duplicar em Portugal, avança a TVI 24.

Para a LPN, o investimento de quase 2,5 milhões de euros no âmbito do programa LIFE da União Europeia, um programa de financiamento para o ambiente e ação climática, teve um impacto “muito significativo” na conservação da espécie e da natureza no geral.   

As ações permitiram não só aumentar a população da espécie e o conhecimento sobre a sua ecologia, sobretudo no Alentejo e na Beira Baixa, mas também aplicar medidas de gestão do território que aumentaram a sua sustentabilidade e promoveram um maior equilíbrio”, lê-se no comunicado.

A espécie desapareceu do país no final do século XX, mas o projeto LIFE Imperial deu-lhe uma nova esperança após um investimento superior a 2 milhões de euros”, escreve a associação em comunicado. 

O projeto LIFE Imperial é concluído este ano, mas a associação ambientalista sublinha a necessidade de continuar este trabalho e de implementar um plano de ação específico para a próxima década, que, segundo a LPN, já elaborado e que aguarda a sua aprovação final pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

A conservação da natureza leva o seu tempo e requer um investimento condigno face aos desafios que enfrenta. Investimento esse que pode levar o seu tempo a dar frutos, mas que no entretanto se vê refletido na tão necessária proteção de espécies ameaçadas de extinção e na consequente valorização socioeconómica dos territórios menos favorecidos onde habitam”, refere a LPN no comunicado.

No balanço dos últimos sete anos, são também apontadas as repercussões sociais e económicas positivas nos 14 concelhos abrangidos, através do apoio direto a 58 postos de trabalho, do investimento em serviços prestados por mais de 100 empresas da região e do envolvimento de centenas de pessoas em ações de sensibilização.

A LPN refere ainda o desenvolvimento de ações inovadoras, como a criação das sete primeiras equipas cinotécnicas da GNR para a deteção de venenos, a aplicação de novas técnicas na minimização da eletrocussão em parceria com a EDP-Distribuição e o desenvolvimento de um novo tipo de emissor GPS para aplicação em aves de rapina.

 

 

 

 

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