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Oncologia do Hospital de Évora envolve equipa de cuidados paliativos na Consulta de Decisão Terapêutica!

Ter uma noção do contexto sociofamiliar dos doentes oncológicos que necessitam de cuidados paliativos é algo fundamental para o diretor do Serviço de Oncologia Médica do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE). Rui Dinis quis, desta forma,  envolver os próprios cuidados de saúde primários numa Consulta de Decisão Terapêutica que é verdadeiramente multidisciplinar.

Rui Dinis, diretor do Serviço de Oncologia Médica do Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), reúne diáriamente com a Equipa Comunitária de Suporte de Cuidados Paliativos (ECSCP) Ametista, do ACES Alentejo Central.

O também diretor do Programa Regional de Oncologia do Alentejo coordena, desde 2015, a Consulta de Decisão Terapêutica, na qual já participavam diferentes especialidades hospitalares, nomeadamente, a Cirurgia Geral, a Radioterapia, a Urologia, a Otorrinolaringologia, a Anatomia Patológica, a Imagiologia e a Farmácia Hospitalar.

Em entrevista à Justa News “Sentia necessidade de perceber melhor o que se passava em casa de cada doente, de saber qual era realmente o seu contexto sociofamiliar, para que se prestassem os cuidados mais adequados.”

Essa lacuna acabou por ser preenchida na sequência da criação, no dia 3 de março de 2018, da ECSCP Ametista, que integra o ACES Alentejo Central, com polos em Évora e Estremoz. 

Uma das grandes vantagens que o diretor do Serviço de Oncologia Médica do HESE vê nesta ligação aos CSP consiste numa maior aproximação às famílias, que se sentem mais confiantes por se aperceberem que o Hospital e os CSP estão unidos em prol da pessoa que está doente. Até porque, conforme refere,  “a uniformização da linguagem é deveras importante, para se evitar qualquer tipo de confusão e até de desconfiança”.

Deslocando-se a casa dos doentes, a sua missão não se limita apenas à prática de atos médicos e de enfermagem e a transmitir aos profissionais do Serviço de Oncologia o que vai correndo melhor ou pior. Escutar o que vai na alma do doente ou dos seus familiares é um dos principais objetivos, pelo benefício que tem, igualmente, no controlo dos sintomas físicos.

Para além de duas médicas e outras tantas enfermeiras alocadas  a cada um dos polos (Évora e Estremoz), a ECSCP Ametista possui uma psicóloga também a tempo inteiro, que ajuda no processo de luto antecipatório e após o falecimento.

Estando a dar apoio a 300 doentes por ano, em média, a ECSCP quer manter este contacto permanente com o hospital, pelo benefício direto para doentes e familiares e também para a própria equipa de Oncologia, que fica com uma noção mais exata da realidade que está para lá das portas do hospital.
 

Fonte; JustNews

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