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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Operacionais enfrentam operação complexa de resgate de veículos e vítimas submersos no fundo de pedreira entre Borba e Vila Viçosa, diz Secretário de Estado (c/som)

No seguimento das operações de resgate das vítimas que decorrem na estrada entre Borba e Vila Viçosa, no seguimento do desabamento de parte da estrada na tarde desta segunda-feira (19 de novembro), decorreu no início desta noite, um briefing para exposição do ponto de situação.

José Artur Neves, secretário de Estado da Proteção Civil, afirma que “estão mobilizados todos os meios necessários para com toda a segurança regatar as vítimas”.

Aponta tratar-se de “um incidente de grave de grande complexidade” como verificou no local, avança que o “arrastamento grande massa do solo, com uma mistura de pedras, que resvalou sobre um poço com cerca de 200 mil metros cúbicos de água”, obriga a grandes cuidados nas operações, requerendo “cuidado do ponto de vista da engenharia”.

Este trabalho com “apoio de engenheira militar e do laboratório nacional de engenharia civil” serão iniciadas na manhã de terça-feira, encontrando-se mobilizados todos os meios necessários,

Quando questionado sobre falta de condições da estrada previamente conhecidas, afirma que “as causas naturalmente serão averiguadas”, sendo que neste momento “estamos numa operação de socorro”.

José Ribeiro, Comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Évora, avança que se encontram 74 operacionais apoiados por 39 veículos, encontrando-se “um dispositivo muito substancial em preparação para podermos intervir nas próximas horas e nos próximos dias”.

Na manhã de terça-feira (20 de novembro), serão desenvolvidas operações “em conjunto com o laboratório nacional de engenharia civil, departamento de biologia e em conjunto com a engenharia militar e responsável da pedreira, para no local e de forma cuidada […] podermos fazer uma operação criteriosa daquilo que são as operações e manobras que podemos executar para o resgate das vítimas”.

O Comandante Distrital destaca a necessidade de as operações de resgate serem desenvolvidas com “muita paciência e ponderação”, para que seja garantida a segurança dos operacionais envolvidos.

“O que temos em termos legais e de conhecimento é que a situação estava perfeitamente segura”, afirma António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba.

Encontra-se a ser prestado apoio psicossocial aos familiares das vítimas, avança, sendo crucial manter a segurança dos operacionais envolvidos no resgate das restantes vítimas.

O autarca aponta prontidão na atuação dos operacionais, dizendo que “em menos de meia hora tínhamos 5 geradores dentro da pedreira”.

Negando a existência de conhecimento prévio de falta de segurança das estradas, António Anselmo garante acreditar “que ninguém autorizasse uma pedreira que não estivesse dentro dos limites” de segurança, nomeadamente a Direção Regional de Economia que licencia as pedreiras.

Questionado sobre uma reunião ocorrida em 2014 com empresários, avança não estra relacionado, tendo sido discutida e afastada a possibilidade de “acabar com as estradas a ligar as pedreiras”, com a garantia de “segurança em termos de passagem rodoviária”.

Ainda sobre um relatório de 2006 denominado “Alguns indicadores geológicos e ambientais indispensáveis ao reordenamento da atividade extrativa: o caso do Anticlinal de Estremoz” que apontava Borba como uma zona “muito fraturada”, o autarca alega desconhecer.

 

 

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