Em declarações à RC, o Presidente do Município de Évora, Carlos Pinto de Sá, fala sobre a linha ferroviária de mercadorias que vai unir Sines a Espanha e que passará por Évora.
O Presidente explica que “foi o município que, em primeiro lugar, alertou para o problema do traçado, que desencadeou um conjunto de movimentações no sentido de discutir em Évora o traçado, que contactou as Infraestruturas de Portugal [IP] e o Governo no sentido de contestar o traçado que inicialmente estava proposto”.
Carlos Pinto de Sá explica a importância de haver terminais logísticos e de mercadorias entre a rota Sines-Espanha que parem no Alentejo, de forma a “garantir que o comboio não se limitava a passar pelo Alentejo, mas podia servir também o Alentejo e Évora”, neste caso.
“O município que avançou com um conjunto de propostas no âmbito da CIMAC e de outras entidades para que pudessem acompanhar de uma forma muito significativa e eficaz este problema e foi todo este movimento que conseguiu a alteração do traçado e que levou a que a questão dos terminais de mercadorias tenha sido colocada”, frisa.
O autarca refere que este protocolo é o resultado de um trabalho que feito entre o município de Évora e a IP onde se “comprometem a estudar a instalação do terminal ferroviário de mercadorias”.
Relembra, porém, que “durante muito tempo a IP foi informada que não tinha competências nesta área dos terminais e que só tinha de tratar desta questão relacionada com o traçado ferroviário e não os terminais. Nós contestamos sempre isso e dissemos que era importante que no traçado fossem identificados os terminais e é isso que estamos a fazer, temos estados a trabalhar de uma forma muito intensa para conseguir este terminal ferroviário em Évora e é nesse sentido que o protocolo foi negociado e acordado”.