Em Portugal, não se registava um número tão baixo de nascimentos, há pelo menos 30 anos.
A notícia é avançada pela TSF que dá conta do número de nascimentos referentes ao primeiro semestre de 2021.
Segundo a mesma fonte, em Portugal nasceram nos primeiros seis meses do ano 37.675 crianças, menos 4.474 do que em 2020
Os dados revelam ainda que Lisboa e Porto foram os locais onde se registaram mais nascimentos enquanto no fundo da tabela ficaram Bragança e Portalegre.
De acordo com o Instituto Nacional Ricardo Jorge , nos primeiros seis meses de 2021, foram estudados 37.675 recém-nascidos no âmbito do Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana. Comparando com igual período do ano passado, realizaram-se menos 4.474 “testes do pezinho” (42.149).
Os dados do PNRN referentes ao primeiro semestre de 2021 mostram também que o maior número de bebés rastreados se observou nos distritos de Lisboa e do Porto, com 11.208 e 7.008 testes efetuados, respetivamente, seguidos de Braga (2.765). Por outro lado, Bragança (253), Portalegre (269) e Guarda (282) foram os distritos com menos recém-nascidos estudados.
O PNRN realiza, desde 1979, testes de rastreio de algumas doenças graves, em todos os recém-nascidos, o chamado “teste do pezinho”. O painel das doenças rastreadas é constituído por 26 patologias e o exame deve ser realizado entre o terceiro e o sexto dia de vida do recém-nascido, porque antes do terceiro dia os valores dos marcadores existentes do sangue do bebé podem não ter valor diagnóstico, e após o sexto dia alguns marcadores perdem sensibilidade, havendo o risco de atrasar o início do tratamento. Todos os casos positivos são posteriormente encaminhados para a rede de Centros de Tratamento, sediados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.
Ana Rocha
Fonte: TSF e INSA