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Portalegre foi o distrito alentejano onde ocorreram mais insolvências nos primeiros 6 meses do ano (c/som)

Portalegre está entre os cinco distritos que não conseguiram inverter a tendência e tiveram um aumento de empresas falidas.

De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Informador Comercial (IIC), até 6 de julho de 2015, registaram-se no distrito de Portalegre, 20 insolvências, quando em 2014 foram menos 3 empresas a decretar falência e em 2013, menos uma.

No distrito de Évora os números são ainda assim mais animadores. Se em 2013, 34 empresas faliram, em 2014 forma 33 e em 2015, até 6 de julho, foram registadas 27 insolvências.

Beja apresenta melhores resultados. Este ano 6 empresas já fecharam no distrito, menos duas que em todo o ano de 2014 e menos 16 que em 2013.

Para analisar os dados relativamente ao distrito de Portalegre, a Rádio Campanário falou com o presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre (NERPOR), Jorge Pais, que não se mostrou surpreendido os números avançados pelo IIC, dizendo que “há imenso tempo que estamos a alertar todas as entidades para a situação extremamente frágil e precária do tecido empresarial da região e todos estes indicadores têm que ser contextualizados e perceber que quando o número de empregos é pouco expressivo e muito fragilizado é natural a inversão a nível de outras regiões do país”, acrescentando, “só vem confirmar a necessidade de intervir e criar melhores condições para o funcionamento e fortalecimento das empresas da região porque de outra forma essa tendência acaba por se consagrar”.

Jorge Pais referiu ainda, “se nós não crescermos a nível da população residente, isso deve-se também ao facto de não termos criadores de emprego em número suficiente para fixar as pessoas e lhe oferecer oportunidades profissionais”.

Fazendo o retrato do país, desde janeiro de 2015, 2484 empresas foram declaradas insolventes, o que dá uma média de 13 por dia e menos 227 empresas falidas face às homólogas 2711.

A tendência da descida ganha maior dimensão quando analisada no tempo. Face a igual período de 2013, altura em foi registado um total de 3214 empresas que pediram falência, o número de insolvências recuou 22,7%, ou seja, o equivalente a menos 730 empresas que foram declaradas insolventes pelos tribunais.

 

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