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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Prémio Imaterial entregue a Antropólogo Paulo Lima, um “filho” do Alentejo!

A edição deste ano do Festival Imaterial contou com a atribuição do Prémio Imaterial a Paulo Lima, antropólogo português que trabalha sobre património enquanto forma de intervenção política e cívica.

Paulo Lima foi assim distinguido como alguém, cuja prática há muito incide sobre o património cultural imaterial, com um foco particular apontado às expressões musicais.

Dedicou parte da década de 1990 à investigação centrada nos poetas improvisadores e decimadores do Mediterrâneo e da Ibero-América. A partir do ano de 2000 a energia e o entusiasmo de Paulo Lima foram colocados ao serviço das equipas que conquistaram as inscrições do fado, do Cante alentejano, do fabrico de chocalhos e da morna nas listas do Património Cultural Imaterial da UNESCO. Tendo assumido o lugar de coordenador destas três últimas candidaturas, quis também pensar estas expressões em ligação com a coesão social, as alterações ambientais, a emergência climática e o empoderamento da mulher, reflectindo sobre o papel das tradições numa ampla dimensão sócio-cultural. Coordena a inscrição na UNESCO das bandas filarmónicas portuguesas.

Paulo Lima trabalha há vários anos sobre a Reforma Agrária em Portugal. Foi condecorado pelo Governo de Cabo Verde, em 2019, com a Medalha de Mérito Cultural de 1.º Grau.

Foi distinguido, em 2022, pela APOM ―Associação Portuguesa de Museologia, com o prémio de melhor trabalho de museologia, dado ao projeto expositivo do Centro Interpretativo do Cante Alentejano. Convicto de que o património está por todo o lado – é só saber escutá-lo, interpretá-lo, amplificar a sua vitalidade e a sua dignidade. Será assim reconhecido o trabalho desenvolvido ao longo das últimas décadas, por Paulo Lima.

Paulo Lima coordena atualmente a inscrição na UNESCO das bandas filarmónicas portuguesas.

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