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Presidente da CCDR Alentejo faz balanço do apoio a projetos de transferência de conhecimento no âmbito do Alentejo 2020

António Ceia da Silva, Presidente da CCDR Alentejo, em depoimento à em depoimento à Revista TREZE, da Universidade de Évora, abordou a questão do ALENTEJO: TRANSFERÊNCIA E VALORIZAÇÂO DE CONHECIMENTO”, fazendo ainda um balanço dos projetos de transferência de conhecimento no âmbito do Alentejo 2020.

Em nota enviada à nossa redação,  Ceia da Silva refere “O Portugal 2020 contemplou um conjunto de instrumentos orientados para o reforço dasdinâmicas de Transferência e Valorização de Conhecimento os quais cobrem o ciclo de inovação, desde a produção de conhecimento até à sua apropriação e valorização económica, abrangendo apoios às instituições de ensino superior, centros de investigação, entidades de interface da inovação e empresas. A orientação geral vai no sentido de estimular a aproximação entre as entidades do Sistema de I&I e as empresas.”

No Alentejo, segundo refere,”podemos sinalizar tendências mais recentes relacionadas com os investimentos apoiados pelo Programa Operacional Regional, na infraestruturação de polos de I&DT em áreas de especialização regional (TIC, Tecnologias do Ambiente, do Solo e da Água, Biotecnologias e sistemas culturais mediterrânicos, e Património).”

Entre os elementos de balanço, em termos de resultados, Ceia da Silva escreve “destacam-se as vertentes relacionadas com a qualificação do território em equipamentos e infraestruturas do Sistema Regional de Transferência de Tecnologia, visando contribuir para fortalecer a base infraestrutural do Sistema Regional de Inovação e ampliar a capacidade produtiva regional com novos bens, serviços, tecnologias e processos produtivos.”

“As insuficiências reveladas situam-se, justamente, na reduzida transferência de conhecimento para as empresas e na insuficiente dinâmica de apropriação dos resultados da investigação e sequentes processos inovadores. Apesar dos avanços registados, há ainda uma margem de progressão e consolidação das diversas expressões do Sistema Regional de Inovação, enriquecendo as oportunidades de renovação competitiva das cadeias de valor regional”, pode ainda ler-se na nota enviada.

António Ceia da Silva referiu ainda a a Estratégia Regional Alentejo 2030 “No sentido de reforçar a interligação entre o conhecimento, a sua transferência e apropriação, em complemento com a capacitação dos vários intervenientes e destinatários, a Estratégia Regional Alentejo 2030 atribui relevância à consolidação do Sistema Regional de Inovação e ao ajustamento dinâmico da oferta de competências para um novo paradigma produtivo, centrada nas prioridades temáticas da futura Estratégia Regional de Especialização Inteligente 2030 e incentivando a produção de I&DT em domínios-chave dos recursos e ativos regionais (solo, água e biodiversidade).”

O conhecimento e as tecnologias desenvolvidas em sequência são indispensáveis à robustez das apostas, nomeadamente, na vertente da bioeconomia sustentável, onde a Região dispõe de recursos de partida (na Universidade de Évora, nos Institutos Politécnicos e outros Centros de (I&D) e de margem para reforçar a transferência de conhecimento para as aplicações económico produtivas.

No domínio das qualificações, facilitadoras da apropriação do conhecimento, a transformação do paradigma produtivo em curso na Região, a Estratégia Alentejo 2030 e a Estratégia Regional de Especialização Inteligente nos seus domínios de especialização e transversais, estimulam a procura de novas qualificações e processos dinâmicos de reconversão de competências, mitigando riscos de marginalização de ativos ditada pela disseminação da inovação.

Nestes tempos incertos que estamos a atravessar, as apostas no conhecimento e nas competências, devem integrar a transição digital e a transição energética é ainda referido no mesmo documento.

Na transição energética, o Alentejo deve continuar a tirar partido do conhecimento e dos projetos das Instituições de Ensino Superior, destacando ainda que as questões relacionadas com a saúde ganharam agora mais importância, e assim se espera que venha a ser no futuro, pela necessidade de maior atenção aos problemas de saúde pública.

O Presidente da CCDR Alentejo reforça que é importante “a aposta no reforço de competências regionais na especialização na investigação e na prestação de uma nova geração de cuidados de saúde, potenciando o investimento no Hospital Central do Alentejo e na Escola de Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade de Évora.”

Ceia da Silva fez aindfa um balanço, no âmbito do Alentejo 2020,  onde assumiu especial destaque o apoio a projetos de transferência de conhecimento, com vista a conceder apoios financeiros a projetos de transferência do conhecimento científico e tecnológico que contribuam para a melhoria das condições envolventes às empresas, com particular relevo para as associadas a fatores imateriais de competitividade de natureza coletiva, que se materializem na disponibilização de bens coletivos ou públicos capazes de induzir efeitos de arrastamento na economia.

Segundo refere o Presidente da CCDR Alentejo refere “neste contexto foram aprovados 26 projetos, com uma despesa elegível de mais de 6M€ e um apoio correspondente de 5,2M€, dos quais, 15 têm como beneficiário líder a Universidade de Évora, com uma despesa elegível de cerca de 3,6M€ a que corresponde um apoio FEDER de 3M€.”

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