O presidente da Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL), Vítor Proença, manifestou-se hoje preocupado com os efeitos da seca na agricultura e defendeu a adoção de medidas pelo Governo em relação aos recursos hídricos na região.
“O Governo tem de adotar medidas relativamente aos recursos hídricos, porque as alterações climáticas vieram para ficar”, alertou à agência Lusa o presidente da CIMAL, Vítor Proença (CDU).
O também presidente da Câmara de Alcácer do Sal (Setúbal) reconheceu que a situação “é preocupante” na região do Vale do Sado, “sobretudo para a agricultura”.
No Vale do Sado, “a situação, apesar de tudo, é um pouco mais confortável”, considerou o autarca, garantindo que a água da barragem do Pego do Altar, que está com uma capacidade de 53% de armazenamento, “vai chegar para a cultura do arroz”.
De acordo com o autarca, a albufeira de Vale do Gaio, que já tem uma ligação à barragem do Alqueva, “está a 52% e, se for necessário, vai-se comprar água à EDIA [Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva], que está a cerca de 31 cêntimos o metro cúbico”.
Isto “é muito caro, tendo em conta o que os agricultores pagam à Associação de Regantes” e Beneficiários do Vale do Sado (ARBVS), indicou.
No que toca à agricultura, é que são necessárias “medidas urgentes” para “aumentar as reservas de água” na zona do Vale do Sado, reclamou o autarca.
“O Ministério da Agricultura, em conjunto com o Ministério do Ambiente e as associações de regantes, têm de adotar medidas para guardar e aproveitar o máximo de água, porque há muita água que fica nas albufeiras, quando chove, mas há muita água que se perde”, afirmou.
Por isso, o presidente da CIMAL, reclamou do Estado apoios para as zonas do Baixo Alentejo e Vale do Sado, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Não se entende como é que no PRR foram abertos avisos de concurso exclusivamente para o Algarve, para a eficiência hídrica”, e “o Estado não olha para zonas muito mais graves, como o Baixo Alentejo e o Vale do Sado”, criticou.
De acordo com o IPMA, em relação à precipitação, janeiro de 2022 foi o 6.º mais seco desde 1931 e o 2.º mais seco desde 2000.
C/Lusa
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional
01 Fev. 2023 Regional