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Terça-feira, Março 19, 2024

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Procura de terrenos em Beja e Portalegre mais do que duplicou

A pandemia de covid-19 fez aumentar o interesse dos portugueses na compra de terrenos urbanos e rústicos para construção de casa, tendo esta procura aumentado, desde março de 2020 até março de 2021, 135% em Beja e 113% em Portalegre, de acordo com um estudo divulgado pelo portal Idealista.

O caso mais expressivo, contudo, verificou-se no distrito de Bragança, onde a procura por este tipo de terrenos disparou em 600%. Em sentido inverso, as famílias portuguesas olharam menos para este tipo de terrenos no distrito da Guarda (-52%) e em Castelo Branco (-3%), distritos onde o stock pouco aumentou (6-7%) e os preços unitários pouco ou nada diminuíram.

Durante este período, o preço unitário subiu, embora menos 22% do que o verificado em março deste ano, com 89,4 euros/m2. Os preços unitários dos terrenos aumentaram em metade dos distritos analisados, com destaque para Évora e Vila Real, ambos com 39%, Bragança (+22%) e Coimbra (+21%).

Já Portalegre registou a queda mais significativa relativamente ao valor destes terrenos (-24%), seguida de Beja (-12%) e Viseu (-9%).

O estudo avança ainda que nos terrenos rústicos a procura também subiu em todos os distritos, sendo que mais do que duplicou em metade deles com variações superiores a 100%, entre o período de março de 2020 e 2021. Os maiores aumentos foram verificados em Faro (+250%), Setúbal (+186%), Vila Real (+171%), Castelo Branco (+165%), Bragança (+161%), Aveiro (+152%), Beja (+131%), Viana do Castelo (+124%) e Coimbra (+106%), com a procura mais baixa a registar-se em Portalegre (19%).

Neste sentido, também os preços unitários destes terrenos subiram em 13 dos 18 distritos, com a mais expressiva a ser em Portalegre (51%), onde o valor dos terrenos rústicos cresceu de 2,5 euros/m2 para 3,7 euros/m2.

Inês Campaniço, responsável do idealista/data em Portugal, explica que se forem comparados “os dados de 2019, antes do aparecimento da covid-19, e os dados de hoje, percebemos que há um interesse claro nos terrenos, seja para construção de habitações com mais espaço interior e exterior, assim como os terrenos rústicos, para cultivos, considerando que a atividade agrícola se provou resiliente em tempos de pandemia”.

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