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Quinta-feira, Abril 25, 2024

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Produtores de vinho alentejano antecipam “uma produção superior à do ano anterior” (c/som)

Depois de um ano seco, que se prolongou até março de 2018 e após três anos de baixa de produção no Alentejo, a esperança e estimativas dos produtores voltaram a ressurgir com as chuvas de março e abril, bem como as atuais amplitudes térmicas, conforme explica o presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), Francisco Mateus, entrevistado pela Campanário.

“Nós temos que enquadrar este clima que estamos a ter agora, com aquilo que se passou desde o princípio do ano agrícola”, porque “nós tivemos um ano complicado em que só a partir de março e abril é que conseguimos repor a água necessária para o desenvolvimento da vinha e das outras culturas”, esclarece Francisco Mateus.

Contudo, “neste momento, temos de facto os níveis de água bons, favoráveis” e “se o tempo continuar como tem estado, não se antevê grande necessidade de rega”. Ao mesmo tempo “as vinhas estão com uma boa carga”, por isso “à partida antevê-se um ano com uma produção superior à do ano anterior” diz o presidente da CVRA.

Francisco Mateus explica ainda que “a vinha dá-se bem com amplitudes térmicas”, pelo que “é bom termos dias quentes e noites frescas”. Contudo, “o calor e a humidade fazem alguma pressão acrescida relativamente às doenças” como o “míldio e o oídio”, o que “implica que alguns produtores possam ter que fazer tratamentos suplementares”. Ainda assim, “até agora, não temos grande razões de problema”.

Apesar de “algum granizo que caiu na zona de Reguengos de Monsaraz, que afetou algumas vinhas, mas tive a oportunidade de ver no local que há algum prejuízo, mas aparentemente não são questões muito preocupantes”.

Por isso, “neste momento, vemos com bons olhos e com esperança de termos uma produção maior para esta próxima campanha”.

Depois de “três anos consecutivos de baixa no Alentejo”, sendo que “no ano passado tivemos um ano de seca, que foi preocupante” e “se não tem chovido o que choveu em março e abril, provavelmente estaríamos perante uma situação alarmante”, “neste momento, se pudéssemos encomendar o tempo poderia para aí vir, queríamos era mesmo sol durante o dia e alguma frescura durante a noite, seria isso o ideal”.

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