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Profissionais “objetores de consciência” limitam resposta do Alentejo para interrupção voluntária da gravidez, diz presidente da ARS (c/som)

Na região Alentejo, apenas o Hospital de Beja realiza o procedimento de interrupção voluntária de gravidez. O facto de os profissionais poderem evocar o estatuto de “objetores de consciência” e assim recusar qualquer intervenção no procedimento, “limita a capacidade para aumentar a resposta” na região, aponta à RC José Robalo, presidente da ARS (Administração Regional de Saúde) do Alentejo.

Existe “sempre a primeira consulta para sinalização”, e para “referenciação a uma unidade onde efetivamente se proceda a esse tratamento”, afirma o dirigente.

 “Profissionais objetores de consciência limitam a capacidade de resposta”

 

 

Posteriormente, o distrito de Portalegre “envia as pessoas com essa necessidade para Abrantes, o Litoral Alentejano envia para Setúbal e o Alentejo Central envia para o Hospital de Évora” que por sua vez envia para uma clínica em Lisboa. Apenas o Hospital de “Beja está a fazer a terapêutica médica para a interrupção da gravidez, e o tratamento médico” respetivo.

O dirigente reforça que a possibilidade de os profissionais “terem objeção de consciência em relação a este procedimento”, é a razão para a falta de “respostas a nível regional”. Contudo, assegura que o número de situações é “muito reduzido”, sendo “as respostas dadas de forma adequada nos sítios mais adequados”.

 “Estamos a falar em números muito reduzidos”

 

 

O presidente da ARS Alentejo destaca ainda a existência nas unidades de saúde da região de consultas de planeamento familiar, “e essa (parte) está bem desenvolvida”.

Em Portugal, cerca de 33 dos 55 agrupamentos de centros de saúde, e cerca de 10 hospitais públicos, não disponibilizam consultas às mulheres que pretendam interromper a gravidez, segundo um estudo realizado pelo Bloco de Esquerda (BE), juntos das unidades de saúde do país.

Estas consultas direcionam-se para o esclarecimento de dúvidas sobre o procedimento e para garantir que a decisão é tomada de forma consciente. Segundo a lei, são obrigatórias, mas o Governo garante que a lei é cumprida e assegurada pela rede integrada de proximidade.

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