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Projeto do zinco arranca este 1.º semestre na mina alentejana de Neves-Corvo

O projeto de expansão do zinco (ZEP) nas minas de Neves-Corvo, em Castro Verde (Beja), avaliado em 360 milhões de euros, vai entrar em produção no primeiro semestre deste ano, revelou hoje o administrador-delegado da empresa concessionária.

“Depois dos atrasos verificados pela suspensão do projeto em 2020, por causa da pandemia, e depois da recuperação em 2021”, este “será o ano em que o ZEP iniciará produção”, disse à agência Lusa António Salvador.

De acordo com o administrador-delegado da Somincor, concessionária das minas alentejanas de Neves-Corvo e propriedade da multinacional sueco-canadiana Lundin Mining, o plano da empresa “contempla o início da produção alargada de zinco na primeira metade do ano”, tendo “o primeiro trimestre como referência”.

“A construção do projeto ficou substancialmente concluída no final de 2021 e deverá incrementar os índices de produção durante o primeiro semestre de 2022”, acrescentou.

Com a entrada em funcionamento do ZEP, a produção de zinco em Neves-Corvo, este ano, “deverá ficar entre 110.000 e 120.000 toneladas”, estimando-se ainda uma produção de 33.000 a 38.000 toneladas de cobre.

“À medida que o ZEP incrementa a sua atividade, a produção aumentará para 142.000 a 152.000 toneladas de zinco e de 35.000 a 40.000 toneladas de cobre, em 2023”, adiantou António Salvador.

O projeto ZEP em Neves-Corvo foi anunciado pela Lundin Mining em abril de 2017, mas acabou adiado no início de 2018, devido às “perturbações laborais” ocorridas em Neves-Corvo no trimestre anterior.

O investimento acabou por ser retomado em março de 2018, sendo suspenso dois anos depois, em março de 2020, com o surgimento da pandemia de covid-19.

Os trabalhos foram retomados em janeiro de 2021 e estão agora na fase final.

Para António Salvador, o ZEP “é fundamental para a sustentabilidade futura de Neves-Corvo”, não só porque “permitiu à Somincor construir novas infraestruturas”, como vai também “incrementar a produção de zinco” e “potenciar novas áreas de produção subterrâneas”.

“Em virtude do acréscimo de produção de zinco, passaremos a ser, cumulativamente, uma referência na produção de zinco na Europa, tal como já somos no cobre”, destacou.

“Os metais que extraímos tornarão possível a mudança para uma economia de baixo carbono e isso é algo de que todos devemos orgulhar-nos”, vincou.

A par da entrada em funcionamento do ZEP, a Somincor pretende continuar, este ano, com “a prospeção de minérios de cobre e zinco” nas áreas de concessão onde detém atualmente “direitos de mineração, exploração e investigação”.

Nesse âmbito, o programa de sondagens da Somincor em 2022 prevê, “entre o subsolo e a superfície”, um total combinado “de cerca de 70 quilómetros de perfuração”, num investimento estimado “em cerca de 10 milhões de euros”, revelou António Salvador.

Nestas minas, consideradas as maiores da Europa, trabalham cerca de 2.000 pessoas.

C/Lusa

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