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Quarta-feira, Abril 24, 2024

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PSP de Beja esclarece ocorrência de alegadas agressões na noite da passagem de ano em Beja

Cristina Matos

Na sequência dos vídeos e denúncias divulgados nas redes sociais e numa entrevista realizada pela Planície, a PSP de beja foi acusada de agredir vários cidadãos, na noite da passagem de ano.

Em declarações à Planície, Nuno Matos referiu que no local “não estariam mais de 20 pessoas, em grupos dispersos, cumprindo as regras de distanciamento e celebrando tranquilamente, na Praça da República de Beja”. Nuno Matos explicou que chegou à Praça da República “pouco depois da 01h00” e que se deparou,  com “vários carros da PSP que chegaram a alta velocidade” e com “os agentes” que “começaram a distribuir bastonadas, insultos e a agredir qualquer um que estivesse no caminho”, não se tendo “verificado a tentativa de diálogo”. A justificação da agressão pelo agente da PSP (que se consegue ouvir no vídeo) é a de que o indivíduo tinha “um copo na mão”. 

Nuno Matos referiu ainda que alegadamente, “a maior parte dos que foram agredidos eram imigrantes” e que não tem “explicação para a dimensão da carga policial a que os presentes foram sujeitos”.

Neste contexto, a PSP de Beja emitiu hoje um comunicado que refere que, na sequência de intervenção policial realizada em Beja (entretanto publicitada nas redes sociais digitais e órgãos de comunicação social), na madrugada da noite de passagem de ano (01JAN2022), numa das vias públicas da cidade, e relacionada com festejos não legalmente autorizados, e organizados que ali decorriam, esclarece o seguinte:

  • A PSP foi alertada para a existência no local da ocorrência de uma fogueira;
  • Chegada ao local, a PSP constatou a veracidade da existência de uma fogueira, que consubstancia uma prática ilícita, carecendo de autorização por parte das entidades competentes, e junto da mesma, vários grupos de pessoas (de número superior a 10) a consumirem bebidas alcoólicas na via pública (ações proibidas à luz da Resolução de Conselho de Ministros 181-A/2021);
  • Perante os ilícitos verificados, ponderado o número de pessoas envolvidas (aproximadamente, 50) e o contingente policial que se deslocou ao local, a PSP optou por se limitar a fazer cessar os ilícitos referidos, sem qualquer outro procedimento, promovendo a dispersão dos vários grupos de pessoas presentes no local, com recurso ao diálogo, de forma proactiva e pedagógica.  Nunca se verificou a necessidade do recurso a uma intervenção mais repressiva, apesar do registo de alguns momentos de maior tensão e exaltação, ao longo do diálogo mantido com as pessoas envolvidas, aparentemente embriagadas, na sua generalidade;
  • É de referir que esta polícia não teve nota de qualquer intervenção em que estivessem envolvidos, especificamente, migrantes;
  • A ocorrência policial aqui relatada, pela sua natureza e imagens divulgadas, desencadeou um processo de averiguações, que seguirá os seus trâmites normais, de acordo com os regulamentos internos da PSP.  
     

C/Planície e Comunicado da PSP de Beja

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