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Sexta-feira, Abril 19, 2024

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“Qualquer que seja o atravessamento” a linha férrea em Évora “afetará sempre alguém e terá sempre impacto no território”, diz Carlos Pinto de Sá (c/som)

Continua por definir o trajeto final por onde será efetuada a travessia da Linha Ferroviária Sines-Caia do troço Évora/Évora Norte, da linha ferroviária que liga Sines a Caia, com um braço de ferro entre a autarquia da cidade Património Mundial da UNESCO, a Infraestruturas de Portugal (IP), o governo e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), depois de a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) se ter pronunciado favoravelmente sobre o trajeto mais próximo da cidade. A Campanário entrevistou o Presidente do município, Carlos Pinto de Sá que falou da “unanimidade” existente em torno da necessidade de afastar a linha o mais possível do centro urbano.

O autarca começou por explicar que “a câmara contestou o atravessamento pela Linha Ferroviária que pretendia ser imposto pela IP a Évora e que atravessava a cidade”, num processo que “mobilizou a população e convidou as instituições e forças políticas, para em conjunto nos opormos a essa situação”, o que “teve sucesso”, no sentido que essa possibilidade foi afastada. Pelo que, o governo e a IP “comprometeram-se a estudar alternativas”, tendo sido apresentadas “duas alternativas”, ao mesmo tempo que a terceira hipótese foi também rejeitada, “porque se afastava muito pouco da cidade” e que “foi logo recusada”.

Carlos Pinto de Sá esclarece que, nesse sentido e tendo em conta as propostas “razoáveis” que foram apresentadas, sendo que “ficámos satisfeitos com essas opções”. Contudo, na apresentação do DIA, “desapareceu a alternativa que se aproximava mais do IP2 e foi introduzido um novo corredor mais próximo da cidade”, mantendo-se a proposta de um “corredor intermédio”.

Nessa altura, o Município “tomou posição sobre essa matéria”, reiterando o “desejo” de que “a linha se afastasse o mais possível da cidade”. Mas a APA “pronunciou-se a favor daquilo que chama o corredor 2”, ou seja, “não é o corredor que mais se afasta da cidade”, explica Carlos Pinto de Sá. Reiterando que a posição do município é a de que “se estude os corredores mais afastados da cidade, nomeadamente os corredores 3 e 4”, uma posição que foi aprovada em reunião de câmara “por unanimidade”.

Apesar de sublinhar que é “positivo” o acordo entre o governo e a IP para que não exista um corredor de atravessamento da cidade, o presidente da autárquica não deixa de sublinhar que a atual proposta da APA “não respeita os afastamentos mais significativos que havia noutras propostas”.

Carlos Pinto de Sá explica ainda que a proposta da APA, apesar de afastada da cidade, “ainda assim, afeta populações de algumas zonas próximas da cidade e de algumas zonas da periferia”, pelo que aguardam respostas por parte das diversas instituições e do governo, para que seja revista esta opção.

Por fim, o autarca admite que com a edificação de uma nova linha ferroviária, como esta, “é evidente que qualquer que seja o atravessamento afetará sempre alguém e terá sempre impacto no território e naturalmente terá impactos negativos”, assim como “positivos, que são esses que queremos relevar para Évora e também para o Alentejo”, por isso é sua intenção “minimizar os que for possíveis”, precisamente “para que o impacto no concelho de Évora o menor possível para podermos potenciar aquilo que são as vantagens da linha férrea”.

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