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Região de Évora é a que tem as melhores condições para implementação do projeto piloto do voto eletrónico, diz à RC Ana Catarina Mendes (c/som)

Ana Catarina Mendes, secretária-geral adjunta do Partido Socialista (PS), falou à RC sobre as eleições europeias, no jantar do PS que decorreu na passada sexta-feira, 26 de abril em Évora, e que contou com a presença do candidato Pedro Marques.

A adesão de centenas de socialistas ao jantar comemorativo dos 46 anos do PS, assim como “de demonstração de força para as eleições europeias” revelou “a mobilização e entusiasmo do partido”.

Foi também demonstrativo da “capacidade de abertura aos seus simpatizantes”, numa “tentativa de quebrar o nível de abstenção”. É este o fator que destaca das sondagens reveladas sexta-feira que não apresentaram vantagem para o PS, “a elevada taxa de abstenção”, que nas passadas eleições se aproximou dos 20%.“O grande desafio para todos os partidos, mas que o PS assume como uma das suas ambições, é o combate à abstenção”, declara.

A socialista afirma que uma das preocupações do PS é fazer compreender a “jovens que nasceram já em democracia e no seio da União Europeia”, que esta “precisa de continuar a ser trabalhada todos os dias”, para que sejam mantidos aspetos que tomam como “adquiridos” como a mobilidade, os estudos, o trabalho em países europeus.

Questionada sobre a escolha de Évora para a implementação do projeto piloto do Voto Eletrónico Presencial, Ana Catarina Mendes defende “que é um desafio”, mas que a dimensão de Évora permitirá a sua implementação e o estudo e avaliação do seu sucesso.

Implementação do voto eletrónico presencial “é um caminho que vamos ter que fazer, a sociedade digital está aí”
Ana Catarina Mendes

Quando inquirida sobre o impacto que o facto de a população ser maioritariamente envelhecida poderá ter na implementação do método de voto, afirma que poderá ser “um facilitador”, defendendo “que Portugal é um todo, e que regiões como a de Évora também precisam de experimentar um novo mundo que está aí à nossa porta”.

Pedro Marques, surge como o candidato do PS às eleições europeias

“Tudo tem o seu tempo, o importante é que Portugal continue a ter representação na Comissão Europeia”, defende a socialista quando questionada se Pedro Marques, que concorre para eurodeputado, poderá vir a ser comissário. Para já, “o que está em causa neste momento é se o Parlamento Europeu tem uma força progressista lá dentro, para que possamos pensar depois numa Comissão Europeia mais progressista”.

“Espero que as pessoas votem no candidato Pedro Marques para eurodeputado, é esse o compromisso nesta eleição”
Ana Catarina Mendes

Sobre a saída de Pedro Marques do cargo de Ministro do Planeamento e Infraestruturas para encabeçar a lista, explica que a Comissão Política Nacional e o partido consideraram que “o então ministro tinha feito um bom trabalho na reprogramação do Portugal 2020”, “na negociação para o Portugal 2030”, tendo desenvolvido um trabalho enquanto ministro em benefício do interior e “visando uma maior coesão com a União Europeia”.

Sobre vozes que apontam má execução dos fundos, a socialista defende que provêm “de quem quer esconder a verdadeira negociação mal feita pelo anterior governo”, tendo sido negligenciados fundos estruturais de apoios a setores como educação e saúde, e não deixando negociadas, por exemplo, “verbas de fundos estruturais para que o Alqueva pudesse dar o passo em frente da sua modernização e da aposta do regadio”. Agora, com o PS no Governo, “foi possível voltar a olhar para o Alqueva como uma necessidade de investimento” considerando as alterações climáticas, conclui.

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