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Terça-feira, Abril 16, 2024

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Reguengos de Monsaraz : Paróquia procura recomeçar, «com os mesmos cuidados e menos medo»

Arquidiocese de Évora

De acordo com a notícia avançada pela Ecclesia, a Paróquia de Reguengos de Monsataz procura, lentamente, voltar á sua normalidade.

O padre Manuel José Marques, pároco na Unidade Pastoral de Reguengos de Monsaraz, afirmou à Ecclesia que a “situação muito grave” provocada pelo surto de Covid-19 na localidade alentejana está a ser superada com “cuidado”, procurando afastar o medo.

Estamos a recomeçar, com os mesmos cuidados, com menos medo, estamos a fazer a nossa vida, mas com muitos problemas: o problema económico, desde logo, o problema das famílias, com o recomeço da escola”, relatou o sacerdote à Agência ECCLESIA. Vamos aprendendo a viver com esta dificuldade”, acrescentou.

O surto de Covid-19 atingiu em particular o lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVP), tendo provocado 18 mortes:  16 utentes do lar, uma funcionária do lar e um motorista da câmara.

O pároco de Reguengos de Monsaraz sublinhou entretanto a importância do testemunho de fé e da “presença de esperança” das comunidades católicas, em particular junto das pessoas doentes.

A minha preocupação foi tentar encontrar o número de telefone de todas as pessoas para lhes dizer uma palavra”, relata.

O surto surgiu depois do período de confinamento e muitas pessoas “voltaram de novo para casa, com medo”.

O Padre Manuel José Marques foi pedindo a todos “cuidado”, mas sem pânico, porque “o medo atrapalha e o cuidado ajuda”.

Não vamos ter medo, vamos tentar fazer a nossa vida normal”, com as distâncias e cuidados necessários para evitar a propagação, foi o seu apelo.

O sacerdote defende que este é um tempo que as pessoas são chamadas a viver, sem se “esconder”, celebrando a fé e ajudando os outros. Penso que as pessoas beberam muito desta serenidade”, aponta.

O sacerdote participa na Jornada Geral do Clero, no início do ano pastoral, que se encerra hoje no Seminário Maior de Évora, tendo apresentado o seu livro ‘Leitura orante da Palavra – Lectio Divina Ferial’.

Manuel José Marques explica que “a ideia inicial era servir as pessoas”, colocando “a mesa da Palavra na rua”, com uma reflexão meditada diária (lectio divina), da Bíblia, que o sacerdote ia enviando por email, dando início a uma cadeia de mensagens para chegar “ao maior número de pessoas”.

A ‘lectio divina’ passou a estar no site do Secretariado Nacional de Liturgia, numa proposta “simples” que procurava falar à vida de cada um.

As pessoas sentem que esta Palavra é para elas e é delas”, refere o autor.

 

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