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Quinta-feira, Abril 18, 2024

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Nova mina no Alentejo pode destruir 10 mil hectares de montado

O projeto da Mina da Lagoa Salgada encontra-se numa fase inicial e ainda aguarda aprovação, mas já muitos agricultores temem o impacto que poderá ter na região, como a possível destruição de 10 mil hectares de montado.

O consórcio Redcorp e EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro detém uma área concessionada pelo Estado para a prospeção e pesquisa de depósitos minerais como cobre, zinco, ouro e prata. Esta área chamada Lagoa Salgada, tem 10 700 hectares, onde existem muitas propriedades privadas, cheias de sobreiros e outras espécies. Equivalente a 10 mil campos de futebol, estende-se pelos concelhos de Grândola, Alcácer do Sal e Ferreira do Alentejo.

A empresa pretende obter a concessão de exploração da Mina da Lagoa Salgada, o que implicará a instalação de uma lavandaria (estabelecimento industrial de tratamento do minério), e de zonas de armazenamento, escritórios, instalações sociais e oficinas. Estas informações foram agora partilhadas pelo consórcio na plataforma da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), sendo que o documento antecede o estudo de impacte ambiental.

A Redcorp aponta ainda na proposta de definição do âmbito os riscos para a qualidade da água e do ar, assim como a possibilidade de existirem níveis elevados de ruído.

Para além destas questões, os agricultores estão particularmente preocupados com possíveis rebaixamentos dos níveis freáticos que afetará a sobrevivência da vegetação da área, assim como a possível afetação dos cursos de água superficiais.

Até ao momento, já foram realizadas perfurações para recolher amostras do subsolo.

Sendo terrenos privados, estes buracos podem ser realizados sem autorização dos proprietários, uma vez que o Estado detém os direitos do subsolo “abaixo dos cinco metros de profundidade).

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