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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Se AFE não pagar aos árbitros, a paralisação “colocará em risco as jornadas das mais diversas categorias e competições” de Évora, diz Luís Godinho (c/som)

Alguns árbitros de futebol de Évora ameaçam não apitar qualquer jogo organizado pela Associação de Futebol de Évora, reivindicando a regulação de pagamentos em atraso, referentes maioritariamente ao mês de novembro. Em declarações à Campanário, o árbitro Luís Godinho, presidente do Núcleo de Árbitros de Futebol da Zona dos Mármores “Prof. Jorge Pombo”, explicou que esta situação “despoletou um descontentamento enorme nos árbitros, que se reuniram e decidiram colocar licença por tempo indeterminado a partir de dia 8 de janeiro”.

 “O que se está a passar neste momento é um acumular de algumas situações, em que os árbitros não se reviam e sentiam algum desconforto, nomeadamente no que diz respeito à segurança, ao valor do quilómetro e aos pagamentos”, entre outros pontos, referiu Luís Godinho.

Porém, “o assunto que colocou todo este problema em destaque foi os consecutivos atrasos no que é o pagamento nos honorários aos árbitros da distrital, nomeadamente no que diz respeito e na grande maioria ao mês de novembro, que ainda não foi liquidado”.

Contudo, e conforme a Campanário já tinha avançado, Luís Godinho diz que “ainda nesse contexto dos pagamentos há alguns árbitros, não são todos, que ainda não auferiram os honorários quer de outubro quer de setembro”. Admitindo desconhecer o motivo desse atraso, “se foi alguma coisa que falou por parte do árbitro, se foi alguma coisa por parte dos serviços, eu aqui desconheço”.

“Entretanto a direção da Associação de Futebol de Évora contactou os núcleos na segunda feira para uma reunião de emergência, na sede da associação em Évora, entre esta e os três núcleos, da Zona dos Mármores, Núcleo de Évora e Núcleo de Vendas Novas”, na qual “foram discutidos imensos pontos de vista” e “imensos assuntos, não só no que diz respeito à responsabilidade que a associação diretamente tem, como também alguns em que os árbitro têm a obrigatoriedade de cumprir certos e determinados processos”.

Nesta, “foi elaborado um memorando de entendimento entre os núcleos e a associação”, sobre vários assuntos. Outro dos objetivos dos árbitros passa pela “regularização dos honorários em atraso até sexta-feira”, dia 11 de janeiro. Cumpridos estes dois pressupostos, o memorando e a regularização dos pagamentos, “os árbitros levantariam a licença por tempo indeterminado e estariam aptos a dirigir jogos dos campeonatos distritais no próximo fim-de-semana”.

Luís Godinho sublinha que “os árbitros e os núcleos querem que tudo isto se resolva o quanto antes”, todavia, “se estes dois pressupostos não forem cumpridos, a licença por tempo indeterminado manter-se-á até estar tudo totalmente regularizado”.

Por outro lado, em situações isoladas, em que o atraso se verifique “sendo a culpa dos árbitros, nós núcleos e a arbitragem no geral não poder-se-á colocar da parte de quem falha”, mas o contrário também, pelo que “não basta receber um ou dois para que a licença se levante”.

A manter-se a licença, “não digo que inviabilizará”, mas “colocará em causa certamente” a próxima jornada, porque “o árbitro é um elemento determinante no que é o futebol”. “Não sendo ele imprescindível, é claramente um dos agentes que tem que estar em campo”, explica.

“Se não houver equipa de arbitragem nomeada, os jogos ter-se-ão que realizar, isso está patente em regulamentos de competições”, pelo que “o facto da equipa de arbitragem não estar presente, não será sinónimo de que o jogo não se realizará”, dependendo se “depois há ou não condições para ele se realizar”. Mas este caso “claramente colocará em risco tudo o que é as jornadas das mais diversas categorias e competições da nossa associação”, no distrito de Évora.

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