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Sexta-feira, Março 29, 2024

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Seca impede regantes da Vigia de novas culturas e condiciona a 1/5 da água necessária as existentes, diz pres. da Assoc. de Beneficiários (c/som)

A Barragem da Vigia (Redondo) encontra-se a 17% da sua capacidade, tendo impedido a realização de várias culturas no seu perímetro, apesar do abastecimento à população estar garantido.

Em declarações a esta estação emissora, Luís Bulhão Martins, presidente da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia, afirma que “a campanha está a correr sob um rateio muitíssimo intenso” e defende a ligação ao bloco de São Manços (Évora) para no futuro garantir o abastecimento necessário.

Atualmente, cada 5 hectares estão a receber “apenas a quantidade de água habitual a 1 hectare”, pretendendo-se que até ao fim da campanha “o rateio seja absolutamente cumprido e que ainda sobre um bocadinho de água da barragem, acima do nível mínimo de exploração”.

Esta utilização mínima de água, “é extremamente lesivo do rendimento dos agricultores da Vigia” refletindo-se em “em quebras muito grandes a nível dos proveitos” dos 100 agricultores da associação, “por não terem feito as culturas mais rentáveis”.

Na presente campanha, os agricultores optaram por não plantarem “culturas permanentes que estavam projetadas” como olivais, assim como tomate, girassol de produção de semente e o milho. Os impactos destas escolhas alargam, considerando que existem no perímetro vacarias que “normalmente baseiam a sua alimentação em milho de silagem que este ano não foi possível fazer”.

“Será absolutamente fundamental para garantir rega no próximo ano, que consigamos” ligar a Barragem da Vigia ao bloco de São Manços
Bulhão Martins

Mais do que perdas de rendimento, o dirigente aponta que é “um alerta de que é preciso arranjar outra solução para reforçar o abastecimento da barragem”, visando corresponder ao dinamismo dos agricultores.

Neste sentido, existe uma tentativa de ligar a Barragem da Vigia ao bloco de rega de São Manços, “que até ao momento não conseguimos licenciar”, uma vez que a atual ligação a Alqueva é “pequeníssima”.

O presidente da Associação de Beneficiários da Obra da Vigia avança que erca de 25% do perímetro de rega não teve um aproveitamento desejado.

Desta forma, “houve agricultores que optaram por não cultivar nada e houve agricultores que acabaram por optar por outro tipo de culturas bem mais económicas em termos de água”. Contudo, estas “não garantem um nível de produção e proveitos compatível com as exigências de hoje em dia”, acrescido ao facto de este surgir como o “3º ano de grande dificuldade” em termos de abastecimento de água.

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